Classificando o documento elaborado por José Eduardo Martins, o candidato do PSD a presidente da Assembleia Municipal, como "um excelente contributo", a vice-presidente social-democrata salientou que "não é o futuro programa" da candidatura.
"É um excelente documento de trabalho, mas não é o meu programa, não tem nenhum contributo meu e há medidas pontuais relativamente às quais tenho muitas dúvidas que irei subscrever, como o aumento da taxa turística", salientou, em declarações à agência Lusa.
Hoje, o Diário de Notícias e o jornal i revelam excertos do documento elaborado pelo José Eduardo Martins - intitulado "Lisboa com Futuro" - e no qual se defende, por exemplo, o aumento da taxa turística para 1,5 euros (agora é de 1 euro) e a eliminação da taxa de proteção civil.
Teresa Leal Coelho revelou ter-se reunido na quinta-feira com a equipa que elaborou o documento, que considerou "muito bem elaborado", mas não fixa ainda uma data para a apresentação do seu programa.
"Estamos a seis meses das eleições, estamos ainda fora de tempo para a apresentação do programa, irei ainda trabalhar bastante para a versão de programa que será então subscrita pelo mim e naturalmente acompanhada por José Eduardo Martins, que é candidato à Assembleia Municipal, e por muitos outros que vierem a integrar as listas", afirmou.
Sobre a taxa turística, a candidata disse que terá de ser estudada no âmbito da "rede de impostos" que venha a ser definida, mas salientou que a nota dominante da sua candidatura será "diminuir os impostos e trazer as pessoas para a cidade de Lisboa".
"Queremos criar um contexto favorável para que as famílias, e sobretudo as famílias mais jovens, não abandonem a cidade de Lisboa", defendeu, considerando que os preços de aquisição e arrendamento na capital se estão a tornar "incomportáveis".
Nesse sentido, a candidata pretende um maior "diálogo e até pressão" sobre a administração central em matérias que são da competência desta última, defendendo "uma maior cautela nas avaliações e reavaliações patrimoniais" ou o alargamento do que já existe para zonas históricas da cidade em matéria de isenções ou discriminação positiva no IMI (Imposto Municipal sobre Imóveis).
Por outro lado, Teresa Leal Coelho defendeu que sejam criadas, por outras vias, medidas que diminuam os custos de contexto das famílias que querem viver em Lisboa, por exemplo preconizando o funcionamento de creches em todos os bairros com horários compatíveis com os atuais horários de trabalho.
Sobre o turismo, que a candidata classifica como "um fator muito importante para a cidade de Lisboa", Teresa Leal Coelho pretende uma compatibilização de políticas.
"Temos que ter políticas que compatibilizem Lisboa como uma cidade de turismo e, simultaneamente e prioritariamente, como uma cidade onde as pessoas possam nascer, crescer, viver e envelhecer", defendeu.
As eleições autárquicas realizam-se a 01 de outubro
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