O alerta para o fogo foi dado pelas 15:00 de quarta-feira, na zona da aldeia de Ribalonga, concelho de Alijó, no distrito de Vila Real, mas as fortes projeções provocadas pelo vento empurraram as chamas para o outro lado da A4, já no concelho de Murça.

A A4 esteve fechada cerca de seis horas devido ao incêndio e reabriu pelas 23:30, estando, segundo a GNR, todas as principais estradas desta região circuláveis.

Também o Itinerário Complementar 5, entre Pópulo e o nó de Alijó, e a Estrada Nacional 212 estiveram encerradas devido ao fogo que chegou a ter três frentes ativas.

O comandante distrital de operações de socorro de Vila Real, Álvaro Ribeiro, já disse que o incêndio está dominado do lado de Alijó, mantendo-se como “preocupação principal” a frente que lavra do lado de Murça.

“A nossa preocupação principal é Murça. Estamos a tentar combater o incêndio numa frente de fogo que está na encosta, de acessos inexistentes para veículos, e toda essa frente de incêndio vai ser trabalhada com ferramentas manuais e pessoal apeado”, explicou Álvaro Ribeiro aos jornalistas.

Para este fogo foram mobilizados 346 operacionais e 103 veículos, com grupos de reforço provenientes do Porto, Braga e Aveiro.

Durante a tarde de quarta-feira, duas pessoas ficaram feridas neste incêndio, um civil e um militar da GNR, e foram transportadas ao Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro.

Segundo fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro de Vila Real (CDOS), um dos feridos que sofreu queimaduras é um civil de 48 anos que ficou com 10% do corpo queimado, enquanto o outro é um militar da Grupo de Intervenção de Proteção e Socorro da GNR, que se feriu num braço.

Também uma bombeira que estava a combater as chamas “sentiu-se mal e foi retirada do teatro de operações”.

O presidente da Câmara de Alijó, José Paredes, afirmou à agência Lusa que o incêndio queimou uma “área bastante extensa” de pinhal no concelho.

“Esta era a melhor área de pinhal do concelho de Alijó e está completamente devastada”, afirmou o autarca.

José Paredes lamentou que, precisamente dois anos depois, o concelho esteja outra vez a ser atingido por um grande incêndio.

Em julho de 2017, um grande fogo deflagrou perto de Vila Chã, queimou pinhal, áreas agrícolas e foi dado como extinto apenas três dias depois.