Esta é uma das primeiras ações hoje anunciadas pela recentemente criada Comissão de Utentes da Rede Viária do Caia (CURVC), estando o protesto agendado para quinta-feira, a partir das 18:30.

“A marcha lenta tem a ver com o despertar da consciência sobre a quantidade de pesados que passam por estas estradas. Esses pesados têm originado muitos acidentes porque as estradas têm dimensões curtas, além de desgastarem muito o pavimento”, explicou um dos membros da comissão, Rui Garrido, em declarações à agência Lusa.

Preocupados com esta situação, a CURVC recorda que está prevista para a zona do Caia (fronteira com Espanha) o surgimento de uma plataforma logística ferroviária e que, dentro de pouco tempo, o tráfego de pesados “vai aumentar” naquelas estradas.

O “grande número” de acidentes rodoviários, com “graves danos materiais e humanos”, é outra das causas que provocam a “indignação” dos utentes.

“Ainda no dia 07 deste mês registou-se na Estrada Nacional (EN) 373 um acidente com uma vítima mortal. A sinistralidade ocorre com bastante frequência”, alertou.

Em comunicado enviado à Lusa, o município de Campo Maior anunciou que já reuniu com a CURVC para “discutir o problema” da sinistralidade na EN 373, sublinhando que esta é uma via “referenciada” pela câmara por registar um “elevado número” de acidentes.

“O fluxo rodoviário de pesados nesta via tem aumentado nos últimos anos, fruto do crescimento industrial de que o nosso concelho tem sido um reflexo. No entanto, as condições desta estrada nacional não têm acompanhado esta evolução, o que dificulta a circulação de centenas de automobilistas no seu percurso diário para o local de trabalho”, lê-se no documento.

O município de Campo Maior acrescenta que recebeu da Infraestruturas de Portugal (IP) informações sobre o tráfego naquela via, tendo sido relatado que passam diariamente na EN 373, em média, “cerca de 3.602 veículos, sendo que cerca de 455 são pesados”.

No decorrer da reunião ficou ainda decidido que, “brevemente”, vão ser agendadas reuniões de trabalho com o Ministério do Planeamento e Infraestruturas, Comissão Interministerial para a Segurança Rodoviária e com a IP, de maneira a “agilizar uma solução a curto prazo” para o problema.

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