A confirmação chega um dia depois de terem sido levantadas dúvidas sobre a forma como o magnata norte-americano morreu, ao terem sido reveladas múltiplas lesões — ossos partidos — no seu pescoço.
O milionário norte-americano de 66 anos acusado de criar uma rede para abusar de menores nas suas mansões foi encontrado morto no dia 10 de agosto na prisão onde estava detido desde 6 de julho. Num primeiro momento, o procurador-geral William P. Barr descreveu a morte como um "aparente suicídio".
No final de julho, o multimilionário já tinha sido encontrado deitado no chão da sua cela com ferimentos no pescoço. Na altura, ficou por esclarecer se as feridas foram autoinfligidas ou provocadas por terceiros.
Epstein estava acusado de abuso sexual de dezenas de crianças no início dos anos 2000. De acordo com a procuradoria do distrito sul de Manhattan, Epstein criou, há mais de uma década, uma rede para abusar de dezenas de meninas na sua mansão de Nova Iorque, e numa outra situada na Florida.
O magnata já tinha enfrentado acusações similares na Florida, mas em 2008 alcançou um acordo extraoficial com a procuradoria para o fim da investigação, tendo cumprido 13 meses de prisão e alcançado um acordo económico com as vítimas.
O acordo foi supervisionado pelo então procurador de Miami, Alexander Acosta, que foi posteriormente nomeado secretário do Trabalho pelo Presidente dos EUA Donald Trump, e que foi forçado a renunciar do cargo devido às críticas emitidas na sequência da nova detenção de Epstein.
O julgamento de Epstein deveria começar entre junho e setembro de 2020. A procuradoria defendeu, no final do mês de julho, que o processo deveria iniciar-se rapidamente devido ao interesse do público pelo caso.
*Com agências
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