"Liguei para o presidente esta manhã e disse-lhe que considerava a demissão a atitude correta [a tomar]", afirmou o funcionário numa aparição conjunta na Casa Branca com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Epstein é acusado de "criar uma ampla rede de vítimas menores de idade para explorá-las sexualmente", uma vez que pagava a algumas delas para recrutar outras crianças que seriam vítimas de abusos semelhantes.
O empresário, de 66 anos, já tinha sido acusado de abusar de dezenas de menores há mais de uma década, contudo evitou ser alvo de acusações federais através de um controverso acordo extrajudicial em que admitiu ter solicitado serviços de prostituição, um acordo que foi objeto de escrutínio recentemente.
O acordo foi supervisionado pelo então procurador de Miami e hoje secretário do Trabalho dos Estados Unidos demissionário, Alexander Acosta que defendeu esse acordo como "apropriado" tendo em conta as circunstâncias, em particular com o facto de "muitas das vítimas estarem reticentes em testemunhar".
Todavia, a 8 de julho, o milionário foi novamente acusado de criar uma rede para abusar de menores nas suas mansões, rede essa que funcionou entre 2002 e 2005, anunciou a Procuradoria federal do distrito sul de Nova Iorque. E com as novas acusações pode enfrentar uma pena até 45 anos de prisão.
Sobre estas últimas alegações, Acosta frisou hoje que Epstein "é um homem perigoso e deve ficar entre as grades" e que "as suas ações merecem uma sentença muito mais dura".
Em fevereiro, o caso sofreu uma reviravolta depois de um juiz da Florida determinar que a Procuradoria violou a lei, ocultando o acordo, que afetou mais de 30 mulheres que denunciaram ter sofrido abuso sexual quando eram menores de idade.
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