Segundo o Público, em causa estão contratos no valor de mais de 1,8 milhões de euros assinados com uma empresa de informática. É ainda referido que inspetores da Unidade Nacional de Combate à Corrupção da PJ apreenderam documentos e emails, tendo também revistado a residência do empresário visado.

A Procuradoria-Geral da República confirmou ao jornal a existência de um inquérito que corre no Departamento de Investigação e Acção Penal de Lisboa e que não têm, "até ao momento, arguidos constituídos"

Já a ANAC recusou-se a comentar as buscas realizadas na passada quarta-feira e as suspeitas em causa. Contudo, o Público teve acesso a comunicado interno onde é referido que "na sequência de denúncia da Comissão dos Trabalhadores, a ANAC foi alvo de buscas nas suas instalações". O regulador diz ainda que as diligências decorreram "com normalidade" e garante que "prestou toda a colaboração solicitada, disponibilizando toda a informação e documentação que foram requeridas".

A ANAC refere ainda que "sempre cumpriu, cumpre e cumprirá a lei, observando todos os princípios da boa gestão pública".

Diz o jornal que estão a ser investigados pelo menos cinco contratos que a ANAC assinou com duas sociedades do empresário Sadik Jamal, num valor global de mais de 1,86 milhões de euros entre 2015 e 2019.

E declarações ao Público, o empresário confirmou as buscas e comenta a situação. "Não tenho nada a temer. Entreguei o que me pediram. Não vejo nenhuma ilegalidade nos contratos que assinei", garante, frisando que "não vão encontrar nada de comprometedor" nos documentos apreendidos.