“O apoio do Governo central não significa a falta de capacidade de Macau. O Governo central encara Macau como uma família, daí que queira prestar ajuda”, disse Leong Iek Hou, do Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus, durante a conferência de imprensa diária de Saúde.

Questionada sobre uma eventual dificuldade em gerir o recente surto no território, a médica assegurou que o processo da gestão pandémica “tem sido cada vez mais fluído”.

“Podem ver que já realizámos algumas rondas de teste massivo e melhorámos cada vez mais o nosso trabalho, tanto os profissionais como o pessoal da linha da frente”, acrescentou.

A médica sublinhou, porém, que ainda não é claro que tipo de auxílio pode ser dado ao território pelos profissionais do outro lado da fronteira, e se esse apoio pode passar pela colaboração nos testes massivos feitos à população.

Leong Iek Hou falava aos jornalistas um dia depois do caos se ter instalado em centros de testagem do território, onde trabalhadores da construção civil e dos casinos estavam obrigados a fazer um PCR para se apresentarem ao trabalho.

Vídeos que circularam nas redes sociais mostraram funcionários a serem incapazes de impor o controlo ou distanciamento exigido nestes locais, o que levou as autoridades sanitárias a recuarem na exigência destes trabalhadores fazerem o teste de ácido nucleico.

Ainda na conferência de imprensa, Leong Iek Hou anunciou que, até às 23:59 (16:59 em Lisboa) de quinta-feira, foram detetados 66 novos casos em Macau na sequência da nova vaga de covid-19, que levou o território a decretar a 19 de junho estado de prevenção imediata, a antecipar o final ano letivo e a suspender, total ou parcialmente, serviços e comércios.

Desde o início do surto, os residentes de Macau têm sido obrigados a efetuar testes rápidos em casa, tendo já passado também por três testagens massivas. Com mais de 600 casos detetados em pouco menos de duas semanas, as autoridades voltaram a exigir na quarta-feira à população que volte a fazer testes antigénio em casa hoje e no sábado.

Em caso de desobediência, as pessoas enfrentam restrições de mobilidade, numa cidade em que há dezenas de zonas isoladas e milhares de pessoas em quarentenas forçadas.

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