Segundo adianta a agência noticiosa AFP, o assessor da Casa Branca para a pandemia indicou que as autoridades sanitárias norte-americanas “têm tomado conhecimento dos dados recolhidos, que parecem cada vez mais indicar que tal distância é suficiente em certas condições”.

“As autoridades sanitárias estão a analisar a questão e posso garantir que, dentro de um prazo razoável, serão feitas recomendações de acordo com os dados de que dispõem”, disse Fauci à cadeia de televisão CNN.

O “Beth Israel Deaconess Medical Center” da Universidade de Harvard divulgou, na quinta-feira, um estudo realizado em 251 escolas em Massachusetts (nordeste dos Estados Unidos) que compara distâncias mínimas de um metro para outras de dois metros.

De acordo com as conclusões do estudo, não existe diferença significativa no número de casos registados nas duas distâncias, desde que seja respeitado o uso da máscara pelos alunos.

“O obstáculo mais importante para uma reabertura total das escolas é a obrigatoriedade de distância de dois metros, porque não temos o espaço, nem o pessoal necessário para trazer todos os alunos [para a escola] cinco dias por semana”, confidenciaram Thomas Putnam e Mark Elledge, funcionários académicos do Estado de Nova Iorque, em carta enviada em fevereiro às autoridades locais.

Um ano após o encerramento, a reabertura de escolas varia muito entre os diferentes Estados norte-americanos, bem como entre escolas públicas, privadas e religiosas.

Em Nova Iorque, o maior distrito escolar do país, as escolas começaram a reabrir gradualmente em dezembro. No Texas, as autoridades estaduais deram orientações às escolas para a instrução presencial.

Os Centros de Controlo e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC), a principal Agência Federal de Saúde, estão a pressionar para que haja o retomar das aulas para 55 milhões de alunos do ensino público, alegando ainda que não deveriam estar os professores condicionados pela vacinação.

Quase 69 milhões de norte-americanos já receberam uma dose ou mais da vacina contra a covid-19, ou seja 26,6% da população adulta.