O porta-voz da Agência Nacional de Gestão de Desastres (BNPB), Sutopo Purwo Nugroho, disse numa conferência de imprensa em Jacarta que acredita que o número de mortos subirá mais porque há "centenas de vítimas" soterradas na lama em Petobo, uma área de Palu.

Sutopo afirmou que a ajuda logística, escoltada por soldados, começou a ser distribuída entre as vítimas e que a restauração do serviço elétrico continua a ser uma prioridade.

A chegada de equipamentos pesados a Palu, a capital da província de Celebes Central e a cidade mais afetada, ajudará a acelerar os esforços de resgate entre os prédios desmoronados.

Sutopo aumentou para 144 o número de estrangeiros - em comparação com 71 divulgados no domingo - que estavam naquela região quando se deu a catástrofe, com um terremoto de 6,1 graus, a que se seguiu, três horas depois, outro de 7,5 graus e um tsunami que causou a maioria das vítimas.

Na praia de Talise, em Palu, onde o tsunami causou inúmeras mortes e muita destruição, trabalhadores humanitários de várias organizações não-governamentais removeram mais corpos das ruínas de um prédio.

Centenas de pessoas reuniram-se esta manhã na entrada do posto de comando militar em Itudulaka, no centro de Palu, em busca de comida.

"A água, o arroz, eles precisam", disse o proprietário do restaurante Rachmat Lapoa à agência Efe, explicando que há falta de pessoal para distribuir a comida entre os afetados.

A escassez de gasolina ameaça os geradores que iluminam a cidade e são a única fonte de eletricidade devido à continuação de quebras de energia e de comunicações.

As autoridades indonésias começaram hoje a enterrar numa vala comum centenas de mortos na cidade de Palu, na ilha de Celebes.

O porta-voz da BNPB explicou que a vala comum foi aberta para prevenir a disseminação de epidemias.

O Governo indonésio, liderado por Joko Widodo, pediu hoje ajuda internacional.

A Indonésia assenta sobre o chamado Anel de Fogo do Pacífico, uma zona de grande atividade sísmica e vulcânica onde, em cada ano, se registam cerca de 7.000 terramotos, a maioria moderados.

Entre 29 de junho e 19 de agosto, pelo menos 557 pessoas morreram e quase 400.000 ficaram deslocadas devido a quatro terramotos de magnitudes compreendidas entre 6,3 e 6,9, que sacudiram a ilha indonésia de Lombok.