A Avenida D. Carlos I cortada e uma parede desabada
"Por precaução", a autarquia procedeu ao corte da circulação automóvel e pedonal naquela artéria ao final da tarde de quarta-feira, devendo a mesma permanecer interdita até, pelo menos, sexta-feira de manhã.
Segundo o município, "o restabelecimento do trânsito deverá ser efetuado logo que as condições do mar o permitam, após reavaliação da situação", que será feita na manhã de sexta-feira
Em resposta à Lusa, a câmara adianta também que "poderá existir a necessidade de implementação de mais condicionamentos - Avenida do Brasil, Avenida de Montevideu e rua Coronel Raúl Peres com desvio para a Rua do Padrão ou Rua do Molhe - a decidir mediante o possível agravamento das condições".
Antecipadamente, refere o município, o Serviço Municipal de Proteção Civil tinha já providenciado a colocação de 38 maciços de betão na Avenida D. Carlos I, junto aos molhes, de modo a minimizar o galgamento das ondas para a via pública.
Esta colocação, acrescenta, é efetuada todos os anos, durante o mês de setembro, no início do período com maior agitação marítima, permanecendo no local "sensivelmente até ao final de maio, altura em que a agitação marítima começa a normalizar".
A Câmara do Porto refere que, em caso de necessidade, procederá à retirada dos habitantes daquela zona da Avenida D. Carlos I, tendo-os já avisado para essa possibilidade.
Os serviços municipais diligenciaram ainda o encerramento do acesso pedonal aos molhes e também da zona (passadiço) da praia de Gondarém, durante os períodos de preia-mar.
Hoje, a chuva intensa e o vento forte provocaram o desabamento da parede de uma casa, localizada na Rua do Freixo, no Porto, disse fonte dos Bombeiros Sapadores. De acordo com a fonte, encontravam-se duas pessoas no interior da habitação, que aparentemente “estão bem”. O incidente ocorreu cerca das 12:40, permanecendo ainda no local três viaturas e 12 homens dos Sapadores do Porto.
Contactada pela Lusa, Fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro do Porto (CDOS) disse que o mau tempo tem provocado, sobretudo, a queda de árvores.
O alerta da Proteção Civil
Em comunicado, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) avisa que, face ao mau tempo, o piso rodoviário pode tornar-se escorregadio, formando lençóis de água e gelo e que até à madrugada de sexta-feira, poderá haver cheias rápidas nos centros urbanos, por acumulação de águas pluviais ou insuficiências dos sistemas de drenagem.
A ANEPC alerta ainda para a possibilidade de danos em estruturas, dificuldades de drenagem, quedas de ramos e árvores por causa do vento forte.
Para o eventual impacto das condições atmosféricas adversas, a Proteção Civil apresenta algumas medidas preventivas a adotar pela população.
Na nota, a ANEPC informa que os cidadãos devem adotar uma condução defensiva, com especial atenção para a acumulação de neve e formação de água nas vias, alertando que os sistemas de escoamento das águas pluviais devem ser desobstruídos.
A ANEPC acrescenta que devem ser colocadas correntes de neve em viaturas, ter atenção às zonas arborizadas, às zonas costeiras e não praticar atividades relacionadas com o mar, nomeadamente pesca desportiva, desportos náuticos e passeios à beira-mar.
Segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), os distritos do Porto, Viana do Castelo, Leiria, Aveiro, Coimbra e Braga estão sob aviso vermelho desde as 12:00, e até à madrugada de sexta-feira, devido à previsão de agitação marítima forte, com ondas de noroeste com sete a oito metros, podendo atingir 15 metros de altura máxima.
A situação está a ser acompanhada presencialmente pelo Serviço Municipal de Proteção Civil e através do Centro de Gestão Integrada (CGI).
Também a autarquia do Porto recomenda à população que “tome as devidas precauções e apela ao respeito pelos perímetros de segurança estabelecidos junto da orla costeira e acessos aos molhes, mas também aos cortes de trânsito que poderão vir a ser implementados nestas zonas", referia a nota.
Recomenda ainda especial atenção na circulação, permanência e estacionamento junto a áreas arborizadas, devido à possibilidade de queda de ramos ou árvores, em virtude dos ventos fortes, e desaconselha o estacionamento junto da orla marítima.
(Notícia corrigida às 15:27: desabou uma parede e não um telhado, como inicialmente referido pelos bombeiros)
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