A notícia foi avançada pelas agências ANI e Reuters.
A ANI reporta que a bordo se encontravam um total de 191 pessoas, incluindo 174 passageiros adultos, 10 crianças, dois pilotos e cinco membros da tripulação.
O acidente ocorreu às 19:45 (15:15 em Lisboa) quando o avião, um Boeing 737, da companhia Air India Express falhou a pista 10 no Aeroporto Internacional de Calecute e despenhou-se sobre um vale, ficando partido em dois pedaços após o impacto. O acidente não provocou um fogo na aeronave.
De acordo com a ANI, equipas de emergência foram enviadas para o local do acidente para retirar os passageiros dos destroços.
O balanço neste momento é de 16 mortos e 123 feridos, 15 deles em estado crítico, no momento em que as operações de resgate foram encerradas.
Abdul Karim, porta-voz policial, citado pela agência noticiosa Associated Press (AP), confirmou que uma das vítimas mortais é um dos dois pilotos e que pelo menos 20 passageiros estão feridos com gravidade.
Desconhecem-se as causas do acidente, mas uma cadeia de televisão local apontou um problema no trem de aterragem. Nada, porém, foi confirmado oficialmente.
“O voo AI1344, da Air India Express, procedente do Dubai, resvalou hoje na pista do aeroporto de Kozkikode. A aeronave apresenta danos”, indicou o diretor-geral da Força Nacional de Resposta a Desastres, S. N. Pradhan, na rede social Twitter.
O ministro do Interior da Índia, Amit Shah, já reagiu ao acidente, dizendo-se "preocupado" e tendo ordenado ao NDRF (National Disaster Response Force, Força Nacional de Reposta a Desastres) "que chegue ao local o mais cedo possível e ajude nas operações de resgate".
Um deputado indiano, citado pela imprensa local, afirmou que pelo menos o piloto do aparelho morreu, o que se veio a confirmar. Relatos de várias publicações indianas davam inicialmente conta da existência de 30 a 40 passageiros hospitalizados.
Segundo relatos da imprensa local, apesar de se ter partido em dois, o avião não se incendiou, tendo os passageiros sido retirados do aparelho.
A cadeia de televisão indiana televisão NDTV mostrou imagens do local do acidente e da retirada dos passageiros do aparelho, bem como de um dos hospitais para onde foram transportados vários feridos.
O sul da Índia, em particular o estado de Querala, tem sido assolado com fortes chuvas nos últimos dias, tendo hoje morrido 15 pessoas num deslizamento de terras no distrito montanhoso de Idukki.
Uma tragédia semelhante à de hoje foi evitada por pouco, no mesmo aeroporto, há um ano, quando um voo da Air India Express sofreu um golpe na cauda, também ao aterrar, não tendo nenhum dos 180 passageiros sofrido qualquer ferimento, nessa altura.
A pista de aterragem, com 2.850 metros, fica no topo de uma colina plana com desfiladeiros profundos de cada lado terminando numa encosta de 34 metros.
O ministro da Aviação Civil da Índia, Hardeep Puri, disse, em comunicado, que o voo “ultrapassou a pista, molhada pela chuva, e desceu” a encosta, partindo-se em duas partes, após o impacto.
Uma investigação será conduzida pelo Gabinete de Investigação de Acidentes de Aeronaves do Ministério, disse Puri.
A área de segurança da extremidade da pista do aeroporto foi ampliada em 2018, para acomodar aeronaves de grande porte.
A área de segurança do final da pista responde aos requisitos da agência de aviação civil internacional das Nações Unidas, mas este departamento da ONU recomenda uma área de segurança (‘buffer’) que seja 150 metros mais longa do que aquela que existe no aeroporto de Kozhikode, de acordo com Harro Ranter, chefe-executivo do banco de dados da Aviation Safety Network
O consultor de aviação do Dubai Mark Martin explicou que, embora seja muito cedo para determinar a causa do acidente, as condições das monções anuais parecem ser um fator relevante para entender o que se terá passado.
“Baixa visibilidade, pista molhada, base de nuvens baixas, tudo leva a uma ação de travagem muito difícil, que poderá ter provocado este acidente”, disse Martin.
O voo da Air India Express fazia parte da missão especial de repatriação do Governo indiano para trazer cidadãos de volta ao país, por causa da pandemia de covi-19, disseram as autoridades.
Todos os passageiros estavam a regressar da região do Golfo, disseram as autoridades, havendo a bordo 174 passageiros adultos, 10 bebés, dois pilotos e quatro tripulantes de cabine.
O primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, escreveu na sua conta pessoal da rede social Twitter que estava “triste com o acidente de avião em Kozhikode” e que tinha falado com as autoridades locais.
O pior desastre aéreo na Índia ocorreu em 12 de novembro de 1996, quando um voo da Saudi Arabian Airlines colidiu no ar com um voo da Kazakhastan Airlines, perto de Charki Dadri, no estado de Haryana, matando todos as 349 pessoas a bordo dos dois aviões.
[Notícia atualizada às 20:22]
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