A criatividade e o conhecimento universitário vão andar de braço dado com o setor social. Ou antes, uma universidade - IADE-Universidade Europeia – irá desenvolver uma ação de promoção de criatividade numa instituição do setor social (o Banco Alimentar Contra a Fome) recorrendo à ajuda de 50 alunos provenientes dos cursos de Design, Fotografia e Cultura Visual, Games & Apps Development e Ciências da Comunicação.

Divididos por equipas multidisciplinares, de sábado até à próxima segunda-feira, o pensamento universitário muda-se para as instalações do Banco Alimentar, em Alcântara, Lisboa e vão procurar responder ao desafio para criarem rótulos para produtos da instituição, criarem uma nova campanha “Papel por Alimentos” e a produzirem um jogo para dispositivos móveis (desenvolvendo uma APP).

“É uma rave criativa”, definiu Isabel Jonet, presidente do Banco Alimentar, em que os alunos “vão mergulhar no trabalho que se faz na instituição, daquilo que é a operação”, continuou. “O desafio é mobilizar jovens e alunos para o bem comum e para a participação cívica, utilizando as novas ferramentas que servem para comunicar com os mais jovens”, reforçou.

É nesse sentido que os alunos vão desenvolver e propor “um logótipo diferenciado para as marcas do Banco Alimentar (um produto da luta contra o desperdício), criar um jogo que permita mobilizar mais voluntários, mais jovens, utilizando linguagem mais moderna e fazer uma nova marca “Papel por Alimentos” que ajuda os mais carenciados”, resumiu a presidente do Banco Alimentar.

“A relação com a sociedade civil e alavancar a escola a partir da criatividade, tecnologia criativa e ciências da comunicação é algo que está no nosso foco”, salientou Carlos Rosa, diretor do IADE-Universidade Europeia. “A dimensão humana do estudante, prepará-lo para a realizar trabalho...não são só as grandes marcas e serviços”, reforçou.

50 alunos entram às escuras no Banco Alimentar. Um sairá vencedor

Na sessão de abertura deste Creative Weekend do IADE-Universidade Europeia é dado um briefing preparado pelos professores da Instituição, construído a partir das necessidades apresentadas pelo Banco Alimentar. “O briefing é igual para todos. Os alunos estão às escuras, só sabem que vão produzir uma solução criativa”, salientou Carlos Rosa.

Recebida a informação do desafio que têm pela frente “há o processo criatividade, pesquisa e planeamento. Cada fase tem o seu tempo”, explicou Eva Muriel, uma das alunas envolvidas. Permanecer dentro das instalações durante 48 horas não a perturba. “Estamos mais envolvidos e mais focados. Queremos ajudar acima de tudo”, rematou.

Na próxima segunda-feira e depois de 48 horas mergulhados no Banco Alimentar, as propostas das 10 equipas serão apresentadas a um júri composto por Isabel Jonet e um professor sendo que o vencedor sai deste pequeno pitch. “No final do dia há a possibilidade de um projeto pronto com um parceiro real que pode absorver o que foi desenvolvido no pack de comunicação, ou seja, com objetivo de poder ser lançado”, conclui Carlos Rosa.