“Aqueles condenados a rastejar não tirarão nem a Ilha da Serpente aqueles que estão destinados a voar. Por isso a [bandeira] azul e amarela está de volta à ilha e um dia, certamente, estará na península [da Crimeia], assim como em todas as cidades e vilas ocupadas [da Ucrânia], enquanto o hino nacional soará em cada uma delas”, afirmou Zelensky.
No seu habitual discurso noturno, Zelensky expressou a sua gratidão pela fase final da luta em Zmiinyi.
“A nossa bandeira foi hasteada ali. Esta operação durou dois meses [e envolveu] informações, forças de operações especiais, a unidade ‘Alpha’ do serviço de segurança, guardas de fronteira, artilheiros, Marinha, Força Aérea. E agora que todos os capitães russos – seja num navio ou num avião — vejam a bandeira ucraniana em Zmiinyi e saibam que o nosso Estado não pode ser vergado”, referiu.
A Rússia retirou-se, em 30 de junho, da ilha das Serpentes, pequena, mas estratégica, localizada no Mar Negro, considerando-o “um gesto de boa vontade”, embora a Ucrânia garanta que isso aconteceu porque Moscovo não conseguiu manter-se na área depois de ter perdido vários navios.
Por outro lado, Zelensky afirmou que quanto maior a ajuda à defesa da Ucrânia mais cedo a guerra terminará com a vitória ucraniana e “menores serão as perdas de todos os países do mundo”.
A Rússia anexou a região ucraniana da Crimeia em 2014, tendo ali construído um ponte de 18 quilómetros para ligar a península ao país e permitir o abastecimento das tropas russas em todo o sul da Ucrânia.
O general ucraniano Dmytro Marchenko admitiu que a ponte está atualmente fora do alcance do exército ucraniano, mas adiantou que assim que forem recebidas as armas prometidas pelo Ocidente, a sua destruição passará a ser o “objetivo número um”.
A Rússia invadiu a Ucrânia, em 24 de fevereiro, numa ofensiva a que chamou “operação especial” para alegadamente libertar as auto-proclamadas repúblicas de Lugansk e de Donetsk.
A guerra foi condenada por quase todos os países do Ocidente, que reforçaram as sanções económicas à Rússia.
Na reunião do G20 (grupo das 19 economias mais ricas do mundo e União Europeia), que hoje decorre em Bali, na Indonésia, a Rússia foi alvo de “um coro” de pedidos para acabar com a guerra na Ucrânia e permitir a exportação dos cereais daquele país.
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