"Procede-se ao levantamento do desaconselhamento de banho nas praias compreendidas entre a Ilha Deserta e a praia das Açoteias", refere a APA em comunicado, tendo em conta "a evolução da situação e face ao resultado das análises efetuadas pelo IPMA e da informação da Autoridade de Saúde Regional, de que não se mostram descritos casos de intoxicação em humanos pela toxina identificada".

Segundo José Pacheco, diretor regional da APA, em declarações à Lusa, já foi comunicado às autoridades marítimas e às câmaras municipais, que se proceda “ao levantamento do desaconselhamento de banho nas praias compreendidas entre a Ilha Deserta (Faro) e a praia das Açoteias (Albufeira).

O banho nalgumas praias do Algarve foi desaconselhado no início desta semana na sequência do aparecimento de microalgas com grande densidade nas águas da região.

Embora a mancha de microalgas já tenha começado a dissipar-se, segundo a APA, a agência adverte que o banho deve ser evitado "sobretudo por crianças e grupos vulneráveis".

“Deixamos o conselho e o alerta para que crianças e pessoas mais vulneráveis evitem tomar banho em zonas de grande densidade de microalgas, mas quem quiser tomar banho e andar no mar já o pode fazer”, sublinhou José Pacheco à Lusa.

A decisão de desaconselhar os banhos nas praias compreendidas entre a zona da ilha do Farol (Faro) e de Albufeira foi tomada pela APA, através da Administração da Região Hidrográfica (ARH) do Algarve, em articulação com a Autoridade de Saúde e a colaboração da Universidade do Algarve devido à presença em grande densidade de dinoflagelados (microalgas).

Inicialmente, no domingo, a restrição foi imposta apenas na praia de Faro, mas a "mancha" de microalgas deslocou-se para oeste e a restrição foi estendida, já na segunda-feira, a toda a faixa entre as praias de Faro e das Açoteias, no concelho de Albufeira, em que se incluem também todas as praias de Vilamoura (concelho de Loulé).

Entretanto, devido à maré vermelha, o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) decretou na terça-feira a interdição, a título preventivo, da apanha e comercialização de amêijoa-branca e pé-de-burrinho na zona litoral entre Faro e Olhão, onde a apanha de conquilha já estava interditada devido à presença de toxinas lipofílicas.

Com a interdição que já vigorava entre Lagos e Albufeira para todos os moluscos bivalves, praticamente todo o litoral algarvio fica abrangido pela interdição total da captura de bivalves, à exceção das zonas entre o Cabo de São Vicente e Lagos e entre Tavira e Vila Real de Santo António, onde a interdição é parcial e apenas para algumas espécies.

Em comunicado, o IPMA refere que “caso se verifique a existência de valores próximos do limite permitido para a concentração de microalgas tóxicas na água em zonas de produção de moluscos bivalves, será avaliada a interdição cautelar de outras zona limítrofes e que possam ser afetadas”.

*Com agência Lusa

(Notícia atualizada às 13h36)