“A barragem dos Pequenos Libombos continua a receber afluências significativas de montante e poderá incrementar as suas descargas de modo a garantir a segurança operacional da infraestrutura”, refere-se na nota de imprensa.

A ARA-Sul avança que estão previstas descargas controladas para não agravar os impactos a jusante.

“Pela situação prevalecente, prevê-se correntes fortes e a continuação do condicionamento da travessia dos ´drifts` de Umpala, Mafuiane e Mazambinine e inundação nas margens das zonas baixas dos rios”, indica-se no comunicado.

A ARA-Sul apela ao cumprimento das medidas de precaução nos rios Maputo e Umbelúzi e a retirada das pessoas e bens das zonas ribeirinhas, dado o risco de serem arrastadas pela força da água.

Em relação aos rios Incomáti e Limpopo, aquela entidade continua a monitorizar a evolução hidrológica.

A província de Maputo esteve, desde a madrugada de sábado, sob chuva intensa, com a baixa da cidade capital e diversos bairros alagados, prevendo-se que o mau tempo continue até terça-feira, disse à Lusa o Instituto Nacional de Meteorologia.

“Este é o resultado da combinação entre o tempo quente que registamos nos últimos dias na zona sul do país e a humidade. Esta conjugação gerou esta instabilidade e esta queda de precipitação. O volume de precipitação esteve em torno de 150 milímetros em menos de 24 horas (…)”, declarou à Lusa o meteorologista Telmo Sumila.

A atual época chuvosa em Moçambique, que começa em outubro, já provocou a morte de um total de 135 pessoas e afetou outras 116.334, segundo um relatório consultado pela Lusa na quinta-feira.

Moçambique é considerado um dos países mais severamente afetados pelas alterações climáticas globais, enfrentando ciclicamente cheias e ciclones tropicais durante a época chuvosa, que decorre entre outubro e abril.