Vila Real, Covilhã e Portalegre são as cidades que vão receber as primeiras visitas do bastonário Guilherme Figueiredo nos dias 02, 23 de novembro e 04 de dezembro.
Nestas deslocações, com regularidade quinzenal e em que pretende propiciar um contacto mais direto com a realidade da advocacia local, o bastonário pretende tomar conhecimento das principais preocupações destes profissionais liberais, em cada uma das zonas do país.
Em declarações à agência Lusa, Guilherme Figueiredo referiu que o objetivo do "Bastonato de Proximidade" é permitir que, através de um "diálogo aberto e franco", os colegas possam expor, de forma direta e pessoal, as dificuldades e os problemas que enfrentam no exercício diário desta profissão liberal.
O bastonário considera "absolutamente necessário" que seja feita esta radiografia dos problemas da advocacia em todo o país, de forma "transparente" e captando "a sensibilidade" e a opinião destes profissionais da justiça, por forma a criar uma "relação mais próxima" entre a OA e a classe.
Além dos problemas específicos da advocacia em cada uma das zonas do país, Guilherme Figueiredo admitiu que irá aproveitar o périplo que irá realizar para se inteirar de outros problemas relacionados com o funcionamento e as carências dos tribunais, estando previsto que, para o efeito, tenha encontros com os administradores dos tribunais.
Antes de iniciar o "Bastonato de Proximidade", Guilherme Figueiredo diz estar consciente das dificuldades que os advogados do interior atravessam, numa altura em que “a classe média tem enormes dificuldades para contratar um advogado” e pagar as custas judiciais.
O bastonário reiterou que a luta para baixar o valor das custas judiciais e facilitar o acesso aos tribunais continua a ser uma das principais prioridades do seu mandato.
O assunto, adiantou, está a ser trabalhado e acompanhado de perto pela Ordem, numa altura em que se ultima as medidas do Pacto da Justiça a apresentar ao Presidente da República.
Outra das preocupações do bastonário prende-se com o mau funcionamento dos tribunais administrativos e fiscais, assim como dos tribunais de comércio.
No final do "Bastonato de Proximidade", as conclusões serão enviadas ao Ministério da Justiça, como contributo para melhorar o estado da Justiça, concluiu.
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