Numa nota de imprensa, a autarquia liderada por Paulo Batista Santos informa que remeteu para a secretária de Estado Adjunta e da Educação o pedido de "intervenção urgente junto da concessionária de refeições escolares na Escola Básica e Secundária da Batalha, com fundamento no incumprimento grave do contrato realizado pelo Ministério da Educação e a empresa".

Segundo a Câmara, desde o início deste ano letivo, "sucedem-se ocorrências de falta de comida, atrasos sistemáticos no fornecimento das refeições por ausência de recursos e falta de qualidade dos alimentos confecionados, o que tem conduzido a uma situação de ‘caos e insuportável', conforme é qualificado pela Direção do Agrupamento”.

O Município da Batalha, no distrito de Leiria, acrescenta que a "Direção do Agrupamento de Escolas tem reportado para a Direção de Serviços Regional do Centro, do Ministério da Educação, as crescentes falhas e dificuldades do serviço de refeições, inclusive graves lacunas ao nível da limpeza e salubridade nos espaços de manuseamento dos alimentos, situação que é incompreensível quando a empresa já a utilizar um novo refeitório equipado com as melhores condições e equipamentos".

"A ICA [empresa concessionária] recebeu um espaço de cozinha e de refeitório novos que, em apenas 15 dias, acusam o efeito da falta de manutenção e limpeza adequadas. Temos reiterado que a quantidade de pessoal disponibilizado para a Batalha e a coordenação e liderança do mesmo têm deixado muito a desejar. Quando alertámos para a sujidade no final de cada dia no refeitório, foi-nos respondido que o chão do mesmo só era lavado uma vez por semana, à sexta-feira", lê-se na nota.

A autarquia salientou que também a Associação de Pais do Agrupamento de Escolas da Batalha já intercedeu junto da Direção de Serviços Regional do Centro da Educação, solicitando intervenção para resolução da situação.

Os pais, segundo a Câmara, consideram "incomportável" e referem que "parece evidente é que esta empresa de fornecimento de refeições apresenta diversas deficiências de base graves, sobretudo por falta de organização do pessoal, por falta deste (pois há trabalhos que não são feitos na véspera, para permitir haver mais tempo nas horas de "rush"/mais utilizadores), e por falta de formação e de espírito de equipa".

Paulo Batista Santos considera que se "trata de situação inaceitável, que deverá ter uma imediata intervenção por parte do Ministério da Educação junto do fornecedor de refeições, cujo mau serviço está a penalizar os alunos e o correto funcionamento da Escola".

"A escola tem colaborado e ajudado para minimizar os problemas, mas cabe à empresa e ao Ministério da Educação rapidamente resolver os problemas graves que ocorrem no fornecimento das refeições", acrescentou o presidente, citado na nota de imprensa.