Estas decisões foram anunciadas pela coordenadora do BE, Catarina Martins, numa conferência de imprensa, na sede bloquista, em Lisboa, após a reunião do órgão máximo entre convenções, que se voltou a realizar por videoconferência devido à pandemia de covid-19.

"Foi decidido terminar o processo convencional a que tínhamos dado início. A convenção não se realizará em outubro próximo", explicou Catarina Martins.

Assim, para outubro ficará a decisão sobre a data da reunião magna do partido, nessa ocasião "com mais informações sobre a evolução da situação pandémica" e, se for necessário, "adaptando a forma como este debate tem sido feito no BE às novas necessidades", disse a líder do partido.

"A Convenção Nacional realizar-se-á necessariamente na próxima primavera. Não será possível ser antes", explicou aos jornalistas.

A XII Convenção Nacional do BE estava marcada para 24 e 25 de outubro, no Porto, mas o seu adiamento foi hoje decidido pela Mesa Nacional devido à pandemia de covid-19, depois de em 18 de abril o mesmo órgão ter suspendido os prazos e regulamento da reunião magna do partido.

"Como sabem uma convenção não são os dois dias de votações finais, são todo o período de debate das moções políticas, da orientação do partido e não é possível fazer esse grande debate agora. Em outubro teremos mais dados e mais condições para decidir a data exatamente e também os processos", justificou.

Casos os surtos pandémicos estejam ultrapassados, será possível ter uma convenção, "ainda que num período mais tarde do que tinha sido pensado, mas nos termos normais, com os debates presenciais", referiu Catarina Martins.

"Se a pandemia continuar, naturalmente não vamos adiar permanentemente a convenção mas vamos ter que ser capazes de introduzir, nos próprios regulamentos da convenção, alterações sobre a forma como se faz esse debate, permitindo, pelo menos, modelos mistos entre o presencial e o online, não para a convenção em si, mas para os processos de debate", antecipou.

Esta decisão, de acordo com a líder do BE, foi "muito consensual" na Mesa Nacional.

"Ninguém defendeu que existissem condições neste momento para realizar a convenção e ninguém se opôs a este adiamento precisamente porque levamos muito a sério o debate interno", assegurou.

De acordo com Catarina Martins, a Mesa Nacional de hoje analisou a atividade do partido, recordando que "o BE adaptou muito a sua atividade neste período de confinamento", tendo recorrido a muitos mecanismos online para chegar às pessoas.

"Este é o momento de aumentar a atividade presencial do BE Com toda a prudência, iremos retomar visitas, ações de rua, com os cuidados necessários para proteger a saúde e seguindo sempre as recomendações da Direção-Geral da Saúde", anunciou.

Sobre a não realização das "duas grandes iniciativas que Bloco de Esquerda costuma promover todos os anos no verão", ou seja o acampamento Liberdade e o Socialismo 2020, a líder do BE explicou que estas vão ser substituídas "por ações descentralizadas do ponto de vista regional, que permitam o encontro, o debate político, mas não ponham em causa a saúde e os necessários cuidados destes tempos".

(Notícia atualizada às 17h47)

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