"PSD, CDS e PPM derrubaram juntos a barreira que separa partidos respeitadores dos direitos humanos e da democracia ao assinar um amplo e profundo acordo parlamentar com um partido racista e xenófobo, acordo este que garante à coligação o voto favorável do Chega em todas as iniciativas relevantes para a manutenção do governo", considera o BE na região, liderado por António Lima.
Para o Bloco, outro dos acordos firmados para a viabilização do próximo Governo Regional, o que junta PSD e Iniciativa Liberal (IL), integra uma "insanável contradição que tem de ser explicada pelos intervenientes" e também pelo representante da República.
"O acordo agora divulgado não corresponde ao que foi afirmado pelo sr. representante da República pois as garantias que afirmou existirem, e que foram utilizadas como argumento para a indigitação do presidente do PSD/Açores como presidente do Governo Regional não existem no acordo PSD-IL agora divulgado.
Os bloquistas sinalizam que no acordo entre PSD e IL não está expressa a "garantia" dos liberais de apoio à solução de governo em matérias como aprovação de orçamentos ou moções de confiança, por exemplo.
O líder do PSD/Açores, José Manuel Bolieiro, foi indigitado recentemente presidente do Governo Regional pelo representante da República para os Açores, Pedro Catarino.
O PS venceu as eleições legislativas regionais, mas perdeu a maioria absoluta, que detinha há 20 anos, alcançando 25 dos 57 lugares da Assembleia Legislativa Regional.
PSD, CDS-PP e PPM, que juntos representam 26 deputados, anunciaram um acordo de governação, tendo alcançado acordos de incidência parlamentar com o Chega e o Iniciativa Liberal (IL).
Com o apoio dos dois deputados do Chega e do deputado único do IL, a coligação de direita soma 29 deputados na Assembleia Legislativa dos Açores, um número suficiente para atingir a maioria absoluta.
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