No final da reunião, por videoconferência, com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, a propósito do decreto presidencial de renovação do estado de emergência, Catarina Martins adiantou que o partido mantém o posicionamento que tem tido até agora e por isso não se opõe a que este seja renovado por um novo período de 15 dias.
“Esperamos que seja possível manter o desconfinamento, que os números continuem numa rota de controlo. É isso que esperamos, que idealmente que este seja o último estado de emergência pelo menos nesta fase”, avisou.
Para a líder do BE, “sendo possível avançar com o desconfinamento, não tem sentido que o estado de emergência se prolongue indefinidamente”, já que esta solução representa “o sinal vermelho” quando há uma necessidade de recuo nas medidas.
Questionada diretamente sobre se os bloquistas se opõem à ideia já defendida pelo Presidente da República e secundada pelo primeiro-ministro de que o estado de emergência deve manter-se até ao final do atual desconfinamento gradual, ou seja, até maio, Catarina Martins foi perentória: “nós achamos que se tivermos condições para continuarmos a desconfinar não tem sentido que todo esse periodo seja em estado de emergência”.
“No passado já fizemos um desconfinamento bem sucedido sem estado de emergência. Não se deve tornar o estado de emergência a forma normal da nossa democracia funcionar porque isso é uma deturpação”, enfatizou.
PCP alerta Marcelo para aumento do desemprego e "falências em massa"
O PCP alertou hoje o Presidente da República para o risco de "falências em massa" de micro, pequenas e medias empresas (MPME) e o aumento do desemprego que pode atingir 15%, afirmou o secretário-geral dos comunistas.
Jerónimo de Sousa falava aos jornalistas no parlamento, após uma audiência, por videoconferência, com o Presidente Marcelo Rebelo de Sousa sobre a renovação do estado de emergência para responder à pandemia de covid-19, medida que voltará a ter o voto contra da bancada do PCP, na quinta-feira, na Assembleia da República.
Na reunião de hoje, Jerónimo afirmou ter transmitido "uma preocupação", com as falências e o aumento do desemprego, e "três prioridades" no combate à epidemia: mais rastreio, mais testagem e mais vacinação.
As "medidas de confinamento" são "inseparáveis do agravamento da situação económica e social" de onde se destacam "a ameaça de falências em massa de MPME, do crescente desemprego que globalmente já afeta globalmente 15% dos trabalhadores portugueses", afirmou.
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