“Na modernização económica, relevante foi o seu papel enquanto empreendedor que cria riqueza e fomenta emprego, que sabe não só aproveitar as oportunidades de negócio como até criá-las e, depois, desenvolvê-las, com ambição, com ousadia e risco, quase sempre com reconhecido sucesso, através de uma liderança e de uma capacidade executiva reconhecidamente invulgares e exemplares”, refere Ramalho Eanes numa declaração escrita enviada à agência Lusa a propósito da morte de Belmiro de Azevedo, na quarta-feira, aos 79 anos.

Além disso, acrescenta o antigo chefe de Estado, “contribuição grande foi, também, a de Belmiro de Azevedo para o desenvolvimento social e, até, cultural do país”.

Primeiro, refere, ao tornar “a Sonae uma exigente escola prática de moderna gestão e exigente liderança de organizações empresariais”, depois, “através da Fundação Belmiro de Azevedo, destinada ao ensino, à cultura e à concessão de apoio social” e da participação em ações de formação e de esclarecimento sobre matérias de governo e de liderança em diversas organizações, nomeadamente universitárias.

E, ainda, através da “criação e manutenção de um jornal diário de referência (o jornal Público)”, acrescenta.

“Belmiro de Azevedo era no domínio das amizades, um homem simples, espirituoso e afetivo”, sublinha o antigo Presidente da República.

Ramalho Eanes endereça também à mulher de Belmiro de Azevedo, “sua retaguarda afetiva e suporte, de conselho e crítica”, aos filhos e familiares, “sentidas condolências”.

O empresário Belmiro de Azevedo morreu na quarta-feira aos 79 anos, depois de décadas ligado à Sonae, onde chegou há mais de 50 anos e que transformou num império com negócios em várias áreas e extensa atividade internacional.

A missa de corpo presente decorre esta tarde na Paróquia de Cristo Rei, no Porto, a partir das 16:00, seguida de uma cerimónia fúnebre reservada à família.