“Compreendo o fervor”, garantiu o Presidente norte-americano numa igreja em Charleston (no sul dos EUA), quando um grupo de manifestantes que pedia o cessar-fogo em Gaza foi escoltado pelas forças de segurança para fora do edifício.
Os protestos foram contrariados por gritos de “Mais quatro anos!”, vindos de apoiantes que pedem a reeleição de Biden e que concordam com o apoio da Casa Branca às causas de Israel, na sua luta contra o grupo islamita Hamas, considerado terrorista por Estados Unidos, União Europeia e diversos países.
Biden falava na Igreja Madre Emanuel, onde nove pessoas – um pastor e oito paroquianos negros – foram mortas em 2015 por um supremacista branco, num dos piores assassinatos racistas recentes nos Estados Unidos.
“Se realmente se preocupa com as vidas perdidas, então devia (…) pedir um cessar-fogo na Palestina”, gritou um manifestante, num apelo ao Presidente que, até agora, se tem recusado a pedir o fim das hostilidades em Gaza, alegando que isso beneficiaria o grupo islamita Hamas.
Contudo, recentemente o Governo norte-americano admitiu estar a tentar conseguir uma desescalada da tensão em Gaza e evitar que o conflito se espalhe para o Líbano.
Israel prometeu destruir o Hamas após o ataque sem precedentes ao seu território em 7 de outubro, que matou cerca de 1.200 pessoas, a maioria civis.
Cerca de 250 pessoas foram raptadas e levadas para Gaza, incluindo cerca de 100 que foram libertadas em troca de prisioneiros palestinianos, durante uma trégua no final de novembro.
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