Os EUA não pretendem uma mudança de regime na Rússia, apressou-se a esclarecer o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, depois de Biden ter dito ontem que "Putin não pode permanecer no poder".
"O Presidente, a Casa Branca, quis passar uma mensagem bastante simples ontem à noite: o presidente Putin não pode ser empoderado para fazer guerra, agredir a Ucrânia ou qualquer outro país", disse Blinken, durante uma visita a Jerusalém.
"Como sabem, e nos ouviram dizê-lo repetidamente, não temos uma estratégia para provocar uma mudança de regime na Rússia — ou em qualquer outro lugar", acrescentou.
O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou ontem em Varsóvia que o seu homólogo russo Vladimir Putin não deve permanecer no poder após ter desencadeado a invasão da Ucrânia.
“Por amor de Deus, esse homem não pode permanecer no poder”, disse Biden durante um discurso no castelo real de Varsóvia, num tom particularmente duro.
Ao dirigir-se diretamente aos russos, insistiu no facto de não ser o povo russo quem considera como inimigo.
“Permitam-me dizer isto, se forem capazes de entender, vós, o povo russo, não são o nosso inimigo”, declarou.
“Recuso acreditar que irão receber favoravelmente a morte de crianças e de avôs inocentes ou aceitem que hospitais, escolas, maternidades, sejam destruídos por mísseis e bombas russas”, disse, salientando: “Esta guerra não é digna de vós, povo russo”.
E insistiu: “Putin deve pôr termo a esta guerra”.
O Presidente norte-americano considerou, no entanto, que o conflito na Ucrânia não vai terminar rapidamente e fez uma vibrante defesa da democracia liberal e da aliança militar da NATO, ao considerar que a Europa está confrontada com um imenso desafio.
A batalha “entre a democracia e a autocracia” não será “ganha em alguns dias ou meses. Devemos preparar-nos para um longo combate que temos pela frente”, advertiu, antes de assegurar aos ucranianos: “estamos do vosso lado”.
Biden também reafirmou que os Estados Unidos não pretendem entrar em conflito com as forças russas que invadiram a Ucrânia, mas fez um sério aviso a Moscovo: “Não pensem avançar um centímetro em território da NATO”.
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