“Está em discussão”, disse Joe Biden, após ser questionado numa conferência de imprensa sobre se admite levantar as sanções.
Nomeado ministro da Defesa da China no passado mês de março, Li Shangfu foi sancionado em 2018 pelos Estados Unidos por ser acusado de comprar armamento à empresa estatal russa Rosoboronexport.
O secretário de Defesa dos Estados Unidos da América (EUA), Lloyd Austin, solicitou uma reunião com Li, mas Pequim rejeitou o encontro, considerando que as sanções são um obstáculo para que essas conversas ocorram entre os ministros da Defesa dos dois países.
Na mesma conferência de imprensa, realizada em Hiroxima, no final da cimeira do G7 (grupo das sete democracias mais industrializadas do mundo), Biden expressou confiança de que as relações entre Washington e Pequim “experimentarão um degelo muito em breve”.
As relações entre as duas potências voltaram a um ponto de tensão depois de o Governo de Biden ter derrubado um suposto balão “espião” chinês que sobrevoou os Estados Unidos no final de janeiro e caiu sobre as águas do Atlântico em 4 de fevereiro.
Biden referiu-se hoje a esse incidente e disse que “tudo mudou” nas relações entre Washington e Pequim desde que “aquele balão idiota que carregava equipamento de espionagem equivalente a dois vagões de carga sobrevoou os Estados Unidos”.
O incidente fez com que o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, cancelasse uma viagem que tinha previsto fazer nessa altura para a China, mas Washington expressou o desejo de retomar a visita num futuro próximo.
Num sinal de reaproximação, o conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, viajou a Viena para se encontrar com o chefe da diplomacia da China, Wang Yi.
China e Estados Unidos viveram uma época de grandes tensões durante o Governo de Donald Trump (2017-2021), quando ambas as nações se envolveram numa guerra comercial com imposição mútua de tarifas.
No entanto, houve uma reaproximação quando Biden e o Presidente da China, Xi Jinping, se encontraram em novembro de 2022 à margem do G20, em Bali, na Indonésia.
Ambos concordaram em melhorar os seus canais de diálogo para evitar que a competição entre China e Estados Unidos leve a um conflito aberto, mas as relações voltaram a complicar-se com o incidente do balão.
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