O presidente democrata também apelou aos Estados para que suspendessem os seus próprios impostos ou providenciassem medidas de alívio similares.
Biden fez também um ataque à indústria petrolífera, por dar prioridade aos lucros em vez da produção.
Em todo o caso, a concretização da sua proposta para aliviar o fardo fiscal dos consumidores depende das ações dos congressistas federais em Washington e das várias câmaras estaduais.
“Não reduz todo o problema, mas seria uma grande ajuda”, disse Biden, quando o seu governo considera que está sem instrumentos para poder influenciar diretamente, no sentido da baixa, os preços dos combustíveis. “Estou a fazer a minha parte. Quero que o Congresso, os Estados e a indústria façam também a sua parte”, avançou.
Mas a intenção de Biden foi mal recebida no Congresso, até por membros do seu partido.
Os preços elevados representam uma ameaça relevante para as ambições políticas e eleitorais de Biden. Provocaram a descida da confiança dos consumidores, o que é de mau augúrio para os democratas, que jogam o controlo do Senado e da Câmara dos Representantes nas eleições legislativas de novembro.
Biden pode fazer muito pouco para influenciar os preços, que são estabelecidos no mercado global, em função de empresas que procuram o lucro, da procura dos consumidores e das consequências da invasão russa da Ucrânia.
O problema subjacente é a escassez de petróleo e de refinarias para produzir derivados, o que uma isenção de impostos não resolve.
Entre os democratas, Peter DeFazio, que preside à comissão de Infraestruturas e Transportes da Câmara dos Representantes, já se manifestou contra o alívio fiscal: “Vou trabalhar contra. Tenho a maior comissão do Congresso. Vamos ver”. DeFazio tem defendido que prefere um imposto sobre os lucros extraordinários das petrolíferas.
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