“Está nas mãos do Hamas”, disse o Presidente norte-americano, numa breve troca de impressões com a imprensa, estimando que “dentro de alguns dias” se saberá se foi estabelecido um cessar-fogo na Faixa de Gaza para a troca de reféns israelitas e prisioneiros palestinianos.
Mediadores dos EUA, Egito e Qatar têm estado no Cairo a tentar obter um compromisso de ambas as partes antes do início do mês sagrado muçulmano, que começa este ano a 10 ou 11 de março, consoante o calendário lunar. Segundo a agência espanhola Efe, foi alcançado um acordo sobre os “pontos básicos” para uma trégua de 40 dias, mas outra imprensa internacional refere que não há acordo e as negociações vão prolongar-se para quarta-feira.
Biden advertiu que a situação se tornaria “muito perigosa” em Israel e particularmente em Jerusalém se as hostilidades entre Israel e o movimento islamita palestiniano continuassem durante o Ramadão.
“Se continuarmos nestas circunstâncias até ao Ramadão, Israel e Jerusalém podem tornar-se muito perigosos. Por isso, estamos a fazer um grande esforço para conseguir um cessar-fogo”, disse Biden aos jornalistas, antes de embarcar no avião presidencial, Air Force One, para regressar à Casa Branca, depois de passar alguns dias em Camp David.
Washington está preocupado com um possível recrudescimento da violência durante o Ramadão, quando as tensões entre israelitas e palestinianos sobre o acesso à Cidade Velha de Jerusalém costumam aumentar, e já apelou a Israel para que garanta o acesso dos muçulmanos à mesquita de Al-Aqsa, em Jerusalém Oriental.
O chefe de Estado norte-americano acrescentou que os israelitas, que não enviaram uma delegação a estas conversações, “foram cooperantes” e que está em cima da mesa uma proposta “razoável” para permitir a libertação de reféns em troca de prisioneiros palestinianos, acompanhada de uma trégua nos combates.
Os EUA, o principal aliado de Israel, têm endurecido o tom quanto à situação humanitária cada vez mais catastrófica no território palestiniano, ameaçado de fome em grande escala.
“Temos de fazer chegar mais ajuda a Gaza, não há desculpas”, declarou Joe Biden, que disse estar a “trabalhar arduamente” com as autoridades israelitas.
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