Na segunda-feira, Biden anunciou as primeiras escolhas para o seu futuro Governo, incluindo o nome de Antony Blinken como secretário de Estado, John Kerry para a pasta do combate às mudanças climáticas e Alejandro Mayorkas como secretário de Segurança Interna, o primeiro latino a ocupar este lugar.

As escolhas revelam uma preocupação de mudança fundamental em relação às políticas do Presidente republicano cessante, Donald Trump, e de encontrar figuras muito próximas do ex-Presidente Barack Obama.

Hoje, num evento em Wilmington, Delaware, esperam-se mais indicações de nomes para a futura equipa presidencial, em particular na área da segurança nacional onde Biden parece querer sinalizar a sua intenção de revogar a doutrina “A América Primeiro” do Governo de Trump.

Entre as escolhas que deverão ser hoje anunciadas esperam-se nomes como Michele Flournoy, uma veterana do Pentágono, que deverá ser indicada para o cargo de secretária de Defesa, sendo a primeira mulher neste cargo, Jake Sullivan, um conselheiro de longa data de Biden e Hillary Clinton, para conselheiro de segurança nacional da Casa Branca e Avril Haines, que deverá ser indicada para diretora dos serviços de inteligência nacional.

O Presidente eleito deverá ainda anunciar o nome da veterana diplomata Linda Thomas-Greenfield como futura embaixadora dos EUA nas Nações Unidas.

“Preciso de uma equipa pronta desde o primeiro dia”, escreveu Joe Biden num comunicado divulgado na segunda-feira, explicando que as suas escolhas recaíram sobre “pessoas tão experientes e testadas como inovadoras e criativas”.

Biden prometeu construir o Governo mais diversificado da história moderna de forma muito célere, mas Ron Klain, o futuro chefe de gabinete de Biden, disse no domingo que a recusa de Trump em facilitar a transição de poder — com denúncias de “fraude eleitoral” e contestando judicialmente os resultados eleitorais em alguns estados – está a atrasar todo o processo de constituição de equipas.