“Não estou a fazer uma Constituição à minha medida. Com a nova Constituição já não servirei como Presidente”, declarou Alexander Lukashenko durante a visita a um hospital onde tratam doentes com o novo coronavírus, citado pela agência BELTA.
O Presidente, declarado vencedor das eleições presidenciais, consideradas fraudulentas pela oposição e pelo Ocidente, criticou os contestatários que “atacam o presidente e a vertical do poder” no país.
Lukashenko, eleito para um sexto mandato presidencial, defendeu que “a vertical do poder” existente na Bielorrússia é a coluna que permitiu evitar o colapso do país.
Disse igualmente que o país possui uma “Constituição muito importante”, tal como o Cazaquistão e a Rússia. “Somos três Estados avançados que têm uma Constituição importante, na qual tudo depende da decisão do presidente”, adiantou o presidente bielorrusso.
As alterações constitucionais devem conduzir a uma lei fundamental “benéfica para o país”, mas o seu objetivo não é trazer “mais democracia”, declarou.
A oposição bielorrussa qualificou a proposta de Lukashenko de “imitação de democracia”, considerando que o presidente apenas tentava prolongar o seu poder e desviar a atenção das “eleições roubadas” que desencadearam os maiores protestos no país desde a desintegração da URSS no início dos anos 1990.
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