“Os americanos estão um pouco frustrados, porque parece que estamos a suportar uma grande parte do fardo, mas o resto do mundo está a fazer um trabalho notável”, disse Blinken, numa palestra no Instituto Baker da Universidade Rice, em Houston, no Texas.
As declarações de Blinken surgiram horas depois de a Câmara dos Representantes dos EUA ter destituído o presidente, o republicano Kevin McCarthy, na sequência de uma rebelião interna dos membros mais extremistas do partido no Congresso.
A incerteza no Congresso deixa agora no ar, entre outras questões, o futuro da ajuda militar à Ucrânia, que os republicanos mais alinhados com o ex-presidente Donald Trump têm questionado.
Com mais de 40 mil milhões de dólares (cerca de 38,21 mil milhões de euros), os Estados Unidos são, até à data, o maior doador de assistência militar à Ucrânia desde o início da guerra, em fevereiro do ano passado.
O chefe da diplomacia norte-americana insistiu que os Estados Unidos não estão sozinhos, uma vez que, desde o início da invasão, foi formada uma “coligação extraordinária” de cerca de 50 países que se comprometeram a apoiar Kiev na guerra.
Blinken acusou ainda a Rússia de violar os “princípios da ordem internacional” e afirmou a necessidade de defender estes princípios para evitar que Moscovo invada outros países.
“Não se trata apenas de apoiar os ucranianos. Se não defendermos os princípios fundamentais do sistema internacional, abriremos a caixa de Pandora e isso não será bom para nós. É isso que está em causa”, alertou.
No mesmo evento universitário, o ex-secretário de Estado James Baker, que serviu entre 1989 e 1992 na administração do republicano George H.W. Bush, disse que Biden está “a fazer a coisa certa” ao apoiar a Ucrânia.
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