Numa entrevista à CNN, Blinken disse que era inevitável “ver estas imagens como um soco no estômago”, ainda que os serviços secretos norte-americanos já tivessem avisado anteriormente que era “muito provável” que os militares russos iriam cometer “atrocidades”.

“Não podemos ficar insensíveis a coisas como estas. Não podemos normalizá-lo. Esta é a realidade do que está a acontecer todos os dias”, disse o secretário de Estado.

A retirada das tropas russas do norte da capital ucraniana, Kiev, revelou as alegadas execuções sumárias de várias centenas de civis no subúrbio de Bucha e noutras áreas.

O presidente da Câmara de Kiev, Vitali Klitschko, disse hoje que os civis encontrados sem vida nas ruas de Bucha “tinham as mãos atadas atrás das costas”, como se pode ver em fotografias publicadas por meios de comunicação internacionais.

O presidente do país, Volodymyr Zelensky, descreveu as ações da Rússia contra o povo ucraniano como genocídio na televisão norte-americana.

A organização de direitos humanos Human Rights Watch (HRW) disse ter indicações de que o exército russo estava a cometer possíveis crimes de guerra em áreas sob o seu controlo, incluindo execuções sumárias de civis.