“Tenho assistido a uma tentativa de partidarização. O cargo do Procuradora-Geral da República não é ocupado por campanhas de partidos sobre quem lá deve estar”, declarou Catarina Martins.
A coordenadora bloquista, que respondia aos jornalistas à margem de uma visita à feira do Relógio, em Lisboa, afirmou que o BE não se pronunciará sobre se atual Procuradora, Joana Marques Vidal, deve ser ou não reconduzida.
O Expresso noticiou sábado que o primeiro-ministro, António Costa, vai ouvir os partidos políticos antes de decidir se reconduz ou não, através de proposta ao Presidente da República, a Procuradora-Geral da República.
Sábado, na “rentrée” política dos centristas, a líder do CDS-PP, Assunção Cristas, defendeu a recondução da Procuradora.
Pelo PSD, Rui Rio rejeitou na sexta-feira falar sobre a eventual recondução da PGR antes de a questão ser colocada pelo primeiro-ministro e pelo Presidente da República, considerando que “é errado” partidarizar o tema.
A título pessoal, o secretário-geral do PSD, José Silvano, defendeu que a atual PGR deve ser reconduzida, afirmando não ver qualquer motivo para que não seja, mas ressalvando que o PSD ainda não se pronunciou.
Na sexta-feira, o primeiro-ministro afirmou também esperar que o processo de escolha do titular do cargo decorra “com normalidade e tranquilidade”, argumentando que o país “não precisa nem de crises, nem de fantasmas, nem de papões, nem de agitações”.
“Há um calendário que decorre do mandato da senhora Procuradora. Antecipar qualquer discussão é simplesmente estar a fragilizar a própria pessoa que está no exercício dessa função”, advertiu.
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