"No momento em que o mês chega ao fim, há uma garantia do Governo que não está cumprida", disse Catarina Martins, sublinhando que o Governo "prometeu que era o ano passado e adiou", tendo depois, recentemente, prometido que a lei seria aprovada em Conselho de Ministros até ao final de julho.
A líder bloquista, que falava num jantar comício em Loulé, lamentou que haja pessoas que começaram a trabalhar ainda crianças, e que hoje têm 60 anos, que não conseguem reformar-se ou que só o conseguem "com cortes tamanhos na pensão" que não é possível para a sua sobrevivência".
Catarina Martins sublinhou que o acesso às reformas por inteiro a essa geração "é essencial porque é uma medida de justiça para com a geração mais velha e para com as gerações mais jovens", que, assim, passam também a ter mais acesso ao emprego.
"É essencial que o Governo respeite a expetativa das pessoas, esta enorme esperança num país mais justo, numa política mais clara e que as reformas por inteiro a quem começpou a trabalhar criança sejam uma realidade rapidamente", frisou.
Para a coordenadora do BE tratam-se de "três injustiças numa": injustiça de ter começado a trabalhar criança, injustiça para a geração mais jovem que quer ter acesso ao emprego e "a todo um país e à sua capacidade produtiva, porque estamos a obrigar a trabalhar anos demais quem devia ter direito ao descanso, porque já contribuiu tanto".
A líder do BE falava na quarta-feira à noite durante o jantar comício de apresentação dos candidatos autárquicos a Loulé, cuja lista ao município é encabeçada por Joaquim Sarmento Guerreiro.
O primeiro-ministro reiterou este mês, no debate do estado da nação, a intenção de aprovar em julho o diploma que assegurará a justiça a quem começou a trabalhar e tem longas carreiras contributivas.
O novo regime de reformas antecipadas tem o objetivo de tratar de forma diferenciada as carreiras contributivas mais longas, para permitir a passagem à reforma sem qualquer penalização, desde que a pessoa tenha 60 anos ou mais.
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