O Exército revelou hoje que entre o material de guerra roubado na quarta-feira dos Paióis Nacionais de Tancos estão "granadas foguete anticarro", granadas de gás lacrimogénio e explosivos, mas não divulgou quantidades.

Numa pergunta que deu hoje entrada no parlamento, os deputados do BE João Vasconcelos e Pedro Filipe Soares pretendem que o Ministério da Defesa Nacional esclareça “como foi possível o roubo de uma grande quantidade de armamento militar das instalações de Tancos e o que terá falhado”.

“Que medidas pensa o Governo tomar para recuperar o material e para impedir que outras situações aconteçam no futuro nestas ou noutras instalações militares”, interrogam ainda.

O BE quer ainda saber se Governo tem conhecimento de alguma avaria no sistema de videovigilância dos Paióis Nacionais de Tancos e, no caso de se confirmar, para quando prevê a tutela a reparação do sistema de videovigilância?

De acordo com o texto dos bloquistas, “um despacho publicado, hoje, pelo Governo em Diário da República dá conta da intenção de abrir um concurso para vedação dos Paióis Nacionais de Tancos, de onde foi roubado o armamento militar”, mas “é omisso em relação à reparação do sistema de videovigilância”.

O BE refere que há ainda a referência de uma fonte policial da possibilidade de “terem ocorrido outros roubos anteriormente e que estarão a ser verificados os inventários realizados aos restantes 14 paióis do quartel, espaços onde é armazenado o armamento militar, de acordo com regulamentos preestabelecidos”.

“Foi o Governo informado da ocorrência de roubos anteriores no quartel”, questionam ainda.

Em comunicado para atualizar os dados apurados até ao momento sobre o assalto aos Paióis do Exército em Tancos, o ramo afirmou que não divulgará quantidades exatas do material furtado "para não investigar as investigações em curso".

Os trabalhos de contagem de materiais "foram elaborados pelo Exército na presença da Polícia Judiciária Militar, sendo do conhecimento das autoridades competentes e da tutela", acrescentou o Exército.