O músico dará dois concertos na capital sueca a 1 e 2 de abril e um outro espetáculo na cidade de Lund, no sudoeste do país, no dia 9 do mesmo mês, anunciou a Live Nation.
O cantor e compositor norte-americano declinara o tradicional convite para a cerimónia de 10 de dezembro, em que são entregues os prémios Nobel, justificando a ausência com outros compromissos.
No entanto, enviou um discurso de agradecimento, no qual manifestou surpresa por ver o seu nome ao lado de “gigantes da escrita”, como Riudyard Kipling, Albert Camus ou Ernest Hemingway.
A Academia Sueca diz não ter qualquer informação sobre se Dylan irá aproveitar a ida a Estocolmo para receber o seu prémio e para fazer o seu discurso de aceitação, o único requisito para a entrega do prémio e que pode consistir num espetáculo ou numa canção.
"Ele deverá fazer [um discurso], esta é a sua oportunidade, mas não sabemos nada", disse Per Wastberg, membro da Academia Sueca, citado pela AFP.
Quando Dylan se escusou a reconhecer publicamente a atribuição do prémio por mais de duas semanas após o anúncio, a 14 de outubro, Wastberg considerou o seu silêncio "indelicado" e "arrogante".
Nessa altura, no entanto, a secretária perpétua da instituição, Sara Danius, afirmou ter recebido "respostas muito amáveis" por parte da equipa do cantor.
A decisão do artista norte-americano de faltar à cerimónia de sábado também provocou celeuma na Suécia, onde foi vista como uma manifestação de desdém para com a Academia Sueca e a Fundação Nobel.
Mas no discurso de agradecimento que enviou, e que foi lido no banquete de sábado pela embaixadora dos EUA na Suécia, Azita Raji, Dylan exprimiu a sua gratidão.
"Se alguém me tivesse dito que eu tinha a mínima hipótese de ganhar o Prémio Nobel, eu teria pensado que a probabilidade era igual à de estar na lua", disse.
O prémio Nobel consiste de uma medalha de ouro, um diploma e um cheque de oito milhões de coroas suecas (824 mil euros).
Os últimos concertos de Dylan na Suécia, em 2015, esgotaram duas noites a sala de congressos Waterfront, de Estocolmo, com capacidade para 3.000 pessoas.
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