Na ocasião, Jair Bolsonaro anunciou que o Brasil não pode comprometer-se a atingir metas climáticas, que classificou como "impossíveis" porque, diz, o país precisa também de se preocupar com o seu desenvolvimento.
O governante brasileiro confirmou ainda que o Brasil vai participar da próxima COP25, a realizar no fnal do ano no Chile, mas que ainda não pode confirmar se ele próprio estará presente.
"O Brasil não está fora da COP25 mas, por uma questão que preocupa a todos aqueles que têm conhecimento realmente sobre o Brasil, hão de concordar comigo: nós não podemos assinar um acordo onde alguns objetivos sejam impossíveis de nós atingirmos", avisou.
O presidente brasileiro afirmou que, apesar disso, o Brasil não pode ser acusado pela comunidade internacional de não preservar o meio ambiente.
"Afinal de contas, o Brasil nada deve para o mundo no tocante à preservação do meio ambiente se forem levadas em conta as nossas áreas e as áreas deles (dos países desenvolvidos). Temos essa preocupação (com o meio ambiente), mas, juntamente com ela, temos a preocupação com o desenvolvimento", argumentou.
O Presidente brasileiro agradeceu ao seu homólogo chileno por receber a conferência, na sequência do Brasil ter abdicado de a organizar.
"Quero agradecer a vossa excelência por ter abraçado a COP25 no seu país", disse.
Para Bolsonaro, os acordos climáticos podem significar perda de soberania nacional.
"A minha grande preocupação é a região amazónica. A região amazónica não pode continuar em risco de ser internacionalizada. É um patriotismo da nossa parte. É uma preocupação, sim, de nós mantermos aquela área sob o nosso domínio", afirmou.
O Chile foi escolhido para receber a próxima reunião da ONU sobre alterações climáticas que estava originalmente prevista realizar-se no Brasil.
A conferência tem como objetivo determinar como serão executados os compromissos que foram adotados em 2015 no Acordo Climático de Paris, do qual, durante a campanha eleitoral, Bolsonaro ameaçou retirar o Brasil.
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