Bolsonaro, um ferrenho admirador do republicano e que chegou a ser chamado "Trump dos trópicos", foi esfaqueado no abdómen por um homem durante um comício em Minas Gerais.
"Os médicos disseram que foi um milagre eu ter sobrevivido em 2018, considerando a gravidade dos ferimentos, e ele foi salvo por poucos centímetros", disse Bolsonaro hoje em São Paulo. "Isso, no meu entendimento, é algo que vem de cima", acrescentou, olhando para o céu, num vídeo publicado no X (antigo Twitter).
Os Estados Unidos investigam a tentativa de assassinato de Trump num comício na Pensilvânia, durante o dia de ontem. O republicano, de 78 anos, foi ferido na orelha, e o autor dos disparos, um homem de 20 anos, foi morto.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que o ataque "deve ser firmemente condenado por todos os defensores da democracia".
Bolsonaro definiu ontem Trump como "o maior líder mundial do momento" e desejou-lhe uma "rápida recuperação". "Te vejo na posse", disse, nas suas redes sociais.
O senador Flávio Bolsonaro também sugeriu paralelismos entre os ataques. "Tentaram matar Trump, tentaram matar Bolsonaro, mas é a (extrema) direita que é acusada de ser violenta", publicou no X, com fotos que mostram o momento de cada ataque.
Assim como os Estados Unidos, o Brasil vive uma forte polarização e tem vindo a enfrentar desafios à sua democracia nos últimos anos.
Em janeiro de 2023, apoiantes de Bolsonaro vandalizaram edifícios governamentais em Brasília, como rejeição à vitória de Lula nas urnas meses antes, um episódio que foi comparado ao violento ataque de apoiantes de Trump ao Capitólio, em janeiro de 2021.
Bolsonaro, de 69 anos, está impedido de disputar eleições até 2030, por "abuso de poder", ao espalhar desinformação sobre o sistema eleitoral brasileiro.
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