“Os ataques que o Brasil sofre quando discute a Amazónia não são justos. Mais de 90% da área é aí preservada, é exatamente o mesmo que quando foi descoberta nos anos 1500. A Amazónia é fantástica”, afirmou Bolsonaro durante o evento “Invest in Brazil Forum” no Dubai, integrado numa digressão pelo Médio Oriente que o chefe de Estado brasileiro está a fazer para atrair investidores.

“Queremos que conheçam realmente o Brasil. Uma viagem e um passeio pela Amazónia é fantástico (…) Porque é uma floresta tropical, não arde”, disse o presidente.

Segundo os dados recolhidos pelo Projeto de Monitorização da Amazônia Andina (MAAP), que monitoriza a cobertura florestal através de imagens de satélite, a maior floresta tropical do mundo perdeu cerca de 2,3 milhões de hectares devido à desflorestação, o pior registo dos últimos 20 anos.

Os danos foram ainda maiores em 2019, quando a Amazónia foi notícia em todo o mundo por causa dos incêndios, concentrados principalmente no Brasil, segundo o MAAP.

Em agosto último, os incêndios na Amazónia brasileira quintuplicaram em relação a julho, de acordo com dados divulgados pelo Instituto Nacional de Investigação Espacial (INPE).

Bolsonaro afirmou ainda que o Brasil tem as “portas abertas” para negócios em diferentes áreas económicas e que os parceiros árabes estão entre os “favoritos”.

O presidente brasileiro participou naquele fórum de investidores, organizado pela Agência Brasileira para a Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), acompanhado por uma delegação de membros do seu Governo, nomeadamente o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o chefe da diplomacia brasileira, Carlos França, entre outros.

Jair Bolsonaro deverá visitar hoje o pavilhão brasileiro na Expo 2020, inaugurada no passado dia 01 de outubro e que decorre até 31 de março de 2022, para celebrar o dia nacional do Brasil.

Como parte da sua viagem ao Médio Oriente, Bolsonaro viajará na terça-feira ao Bahrein e na quarta-feira ao Qatar com o objetivo de apresentar oportunidades de negócios em áreas como infraestruturas, agricultura e defesa.