“Estamos empenhados em assegurar as liberdades de pensamento, associação e expressão, inclusive na Internet, algo essencial para o bom funcionamento de uma democracia saudável. Valorizamos o direito de todos de expressarem as suas opiniões e de serem ouvidos”, disse Bolsonaro, num vídeo de cerca de dois minutos e meio transmitido na cimeira.

O combate à corrupção também foi uma das “prioridades permanentes” referidas pelo chefe de Estado, salientando que o seu executivo adotou o “mais ambicioso plano anticorrupção da história” do Brasil, de forma a construir e fortalecer “mecanismos para detetar, prevenir e punir atos de fraude, corrupção e comportamento antiético”.

“Reitero o nosso compromisso de continuar promovendo uma administração pública transparente e responsável, mediante políticas transversais de integridade pública. Contem com o Brasil para contribuir com o fortalecimento da democracia no mundo, com pleno respeito à soberania e à independência das nações”, acrescentou.

Jair Bolsonaro, um nostálgico da ditadura militar brasileira (1964-1985) e que passou a promover e participar de atos da extrema-direita que pediam o encerramento do Congresso e do Supremo Tribunal Federal através de uma intervenção militar, declarou ainda que o seu país está comprometido com a defesa dos direitos humanos.

“Reafirmo a nossa determinação de proteger e respeitar os direitos humanos e as liberdades fundamentais de todos os brasileiros, independentemente da origem, raça, sexo, cor, idade, religião, sem qualquer forma de discriminação. A proteção dos direitos humanos é valor inerente ao Governo brasileiro e orientador de todas as nossas políticas públicas e programas sociais”, referiu.

Jair Bolsonaro, que defende a liberdade total na Internet, foi sancionado várias vezes nas redes sociais por transmitir informações falsas, principalmente sobre a pandemia do novo coronavírus, cuja gravidade minimiza apesar de já ter feito mais de 616 mil vítimas mortais no país.

Em outubro, por exemplo, o Presidente do Brasil causou polémica ao disseminar uma notícia falsa, num vídeo transmitido nas suas redes sociais, em que alegou que o uso de vacinas contra a covid-19 poderia facilitar o desenvolvimento de sida.

Na sequência das declarações, as redes sociais Facebook e Instagram retiraram das suas plataformas o vídeo em questão e o Youtube suspendeu a conta do Presidente.

A Cimeira pela Democracia, promovida por Biden, reuniu entre quinta-feira e hoje, de forma virtual, líderes de mais de uma centena de países, com o objetivo de enfrentar o autoritarismo e promover os direitos humanos.