A declaração ocorreu no âmbito de uma visita oficial que o chefe de Estado brasileiro faz à Hungria onde também se encontrou o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán.
Segundo o Presidente brasileiro, as críticas que o seu Governo sofre devido à destruição da maior floresta tropical do mundo fazem parte de um ataque à economia do Brasil.
Sobre o encontro com Orbán, o Presidente brasileiro frisou que ambos discutiram assuntos internacionais e aspetos que os unem, como “a proteção das famílias”.
Ao lado de Orbán, em declarações aos jornalistas sem direito a perguntas, Bolsonaro também disse que os dois falaram sobre a tensão na fronteira da Rússia com a Ucrânia.
“Trocamos ideias sobre como é ou não possível a guerra entre a Rússia e a Ucrânia”, disse Bolsonaro.
“Expressei minha ideia de que a guerra não é do interesse de ninguém”, acrescentou o chefe de Estado brasileiro.
Bolsonaro chegou à Budapeste um dia depois de se encontrar com o Presidente russo, Vladimir Putin, em Moscovo, com quem concordou em defender um mundo multipolar e expressou sua solidariedade aos países comprometidos com a paz, embora nenhum tenha abordado as tensões na Ucrânia.
Sobre as relações bilaterais do Brasil com a Hungria, Bolsonaro salientou que os dois governos lutam “juntos pela defesa das famílias e pela saúde da sociedade. É algo que não podemos perder.”
Orbán, por sua vez, destacou o caráter “histórico” do encontro, já que é a primeira vez que um Presidente brasileiro visita o país da Europa Central.
O chefe do Governo húngaro sublinhou que ambos os países partilham ideias sobre muitas questões, como a rejeição da imigração, que estabelece uma base estável para a cooperação bilateral.
Os dois governos assinaram três acordos bilaterais, um sobre gestão da água, outro sobre cooperação humanitária e um terceiro sobre defesa.
Orbán anunciou a compra de duas aeronaves de transporte militar Embraer KC-390 do Brasil, que serão entregues em 2023 ao país da Europa Central.
O primeiro-ministro húngaro foi um dos dois únicos líderes europeus a comparecer à posse de Bolsonaro como Presidente do Brasil, em janeiro de 2019.
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