"Há algo de muito errado a acontecer: as prioridades a serem ensinadas e os recursos aplicados. Para investigar isso, o Ministério da Educação junto com o Ministério da Justiça, Polícia Federal, Advocacia e Controladoria Geral da União, criaram a Lava-Jato da Educação", escreveu Bolsonaro na rede social Twitter, a principal ferramenta de comunicação do Presidente do Brasil com os brasileiros.
Segundo o chefe de Estado, em 2003, o Ministério da Educação (MEC) gastou cerca de 30 mil milhões de reais (cerca de sete mil milhões de euros) em Educação, e, em 2016, gastou quatro vezes mais, chegando aos 130 mil milhões de reais (cerca de 30 mil milhões de euros).
"O Brasil gasta mais em educação em relação ao PIB (Produto Interno Bruto) do que a média de países desenvolvidos. (...) (No entanto) ocupa as últimas posições no Programa Internacional de Avaliação de Alunos (PISA)", argumentou.
Bolsonaro revelou ainda, no Twitter, a existência de "dados" que "revelam indícios muito fortes que a máquina está a ser usada para a manutenção de algo que não interessa" ao país sul-americano.
No passado dia 15 de fevereiro, o novo Governo brasileiro já tinha anunciado que daria início a uma 'Operação Lava Jato' no sistema educativo.
Numa primeira fase, vão ser investigados "indícios de corrupção, desvios e outros tipos de atos lesivos à administração pública no âmbito do Ministério da Educação" e de outros organismos vinculados durante "gestões anteriores", disse o Ministério da Educação em comunicado.
O ministério revelou que enviará todos os documentos necessários para que as autoridades "possam aprofundar as investigações", abrir expedientes e "propor medidas judiciais oportunas".
"Lava Jato" é a designação dada à vasta operação que investigou desvios milionários que ocorreram durante quase uma década na empresa estatal Petrobras e que levou à prisão de empresários e políticos, entre eles o ex-Presidente Luíz Inácio Lula da Silva (2003-2011).
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