“Histórico! Nossa equipa, liderada pelo Embaixador Ernesto Araújo, acaba de fechar o Acordo Mercosul-UE, que vinha sendo negociado sem sucesso desde 1999. Esse será um dos acordos comerciais mais importantes de todos os tempos e trará benefícios enormes para nossa economia”, escreveu Bolsonaro na rede social Twitter.
“Juntos, Mercosul e UE representam 1/4 da economia mundial e agora os produtores brasileiros terão acesso a esse enorme mercado. Parabenizo também os Ministros Paulo Guedes e Tereza Cristina, bem como as equipas de seus ministérios, pelo empenho neste objetivo. GRANDE DIA!”, acrescentou chefe de Estado brasileiro.
Além do Presidente brasileiro, o acordo também já havia sido confirmado pelo Ministério da Agricultura do país numa publicação no Twitter.
“Momento histórico aguardado há 20 anos: Mercosul e União Europeia assinam acordo comercial”, lê-se na publicação.
Aquele departamento governamental também usou a rede social para publicar declarações da ministra da Agricultura, Teresa Cristina, que estava presente nas negociações finais do acordo em Bruxelas.
“Espero que [o acordo entre Mercosul e UE] ele seja benéfico para o nosso país e para a nossa agricultura, afirmou a ministra @TerezaCrisMS sobre o acordo fechado entre o Mercosul e a União Europeia”, lê-se no perfil do Ministério da Agricultura brasileiro.
O tratado abrange diversas áreas como as exportações e importações de bens, serviços, investimentos e compras governamentais, comércio, barreiras técnicas, medidas sanitárias e fitossanitárias e propriedade intelectual e estava a ser discutido há duas décadas, mas a rodada final de negociações foi iniciada na semana passada.
Depois do anúncio, o Governo do Brasil projetou que o acordo entre os dois blocos representará um incremento do PIB brasileiro de 87,5 mil milhões de dólares (78 mil milhões de euros) em 15 anos, podendo chegar a 125 mil milhões de dólares (110 mil milhões de euros) se consideradas a redução das barreiras não-tarifárias e o incremento esperado na produtividade.
“O aumento de investimentos no Brasil, no mesmo período, será da ordem de 113 mil milhões de dólares (99,4 mil milhões de euros). Com relação ao comércio bilateral, as exportações brasileiras para a UE apresentarão quase 100 mil milhões de dólares (88 mil milhões de euros) de ganhos até 2035″, disse o Governo brasileiro em comunicado.
Atualmente, a UE é o segundo parceiro comercial do Mercosul e o primeiro em matéria de investimentos. O Mercosul é o oitavo principal parceiro comercial extra-regional da UE.
Só o Brasil registou, em 2018, trocas comerciais no valor de 76 mil milhões de dólares (66,8 mil milhões de euros) com a UE e um excedente de 7 mil milhões de dólares (6,1 mil milhões de euros).
O Brasil exportou no ano passado mais de 42 mil milhões de dólares (36,9 mil milhões de euros) para a UE, aproximadamente 18% do total exportado pelo país.
Segundo o Ministério da Economia brasileiro, o país é hoje o maior destino do investimento externo direto (IED) dos países da UE na América Latina, com quase metade do estoque de investimentos na região.
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