Bolsonaro afirmou que, depois das conversações com o Japão, Coreia do Sul e Estados Unidos, o encontro que começará esta segunda-feira na cidade argentina de Santa Fé deve ser uma “celebração” do pacto com a UE, mas também para olhar para o futuro.
“Será um encontro fantástico”, assegurou o brasileiro numa entrevista ao diário argentino Clarín, manifestando a intenção de alcançar alianças “com a maior quantidade de blocos e países do mundo”.
A cimeira que decorrerá na Argentina será a primeira desde que foi fechado em Bruxelas, a 27 de junho, o histórico acordo de associação entre sul-americanos e europeus.
O Mercosul viu a sua agenda revitalizada com esta parceria, uma lufada de ar fresco face à insatisfação perante as escassas conquistas comerciais do bloco sul-americano.
Um dia antes de se reunir com os restantes parceiros da Argentina, Paraguai e Uruguai, Bolsonaro afirmou que a “tendência ideológica” desapareceu daquela organização, uma circunstância que, segundo o presidente brasileiro, o tornava “contrário ao Mercosul” no passado.
Acrescentou que, atualmente, existe um “sentimento de fraternidade” entre os quatro países que compõem a organização – a Venezuela está suspensa desde 2016 – e que o futuro é buscar um “Mercosul 2.0″.
O chefe de Estado do país mais populoso do Mercosul afirmou que a criação de uma moeda comum para o bloco, uma opção que avançou durante uma recente visita oficial a Buenos Aires, será uma das questões em debate em Santa Fé.
“Podemos dar mais um passo nesse sentido”, disse ele.
Bolsonaro falou sobre as mudanças que a política comum pode sofrer se a oposição argentina vencer nas eleições presidenciais de 27 de outubro, admitindo que Brasil e Argentina podem “ter atritos” se vencer o programa liderado por Alberto Fernández e apoiado pela ex-presidente Cristina Fernández (2007-2015), que definiu como “amigos de Dilma, Lula, Chávez, Maduro, Fidel Castro”.
Criticou também Alberto Fernández por querer “revisitar” o acordo entre o Mercosul e a UE para chegar ao poder.
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