“Já não é a primeira vez que os bombeiros vão nas suas missões de socorro e sofrem estes ataques de forma gratuita, que são de lamentar, mas alguém tem de fazer alguma coisa”, afirmou à agência Lusa o autarca de Vila Viçosa, Inácio Esperança.

Este ataque, segundo o comandante dos Bombeiros de Vila Viçosa, Nuno Pinheiro, ocorreu, no sábado à tarde, no bairro das Quintinhas, em Estremoz, também no distrito de Évora, quando uma equipa se dirigia para combater um fogo rural.

“Populares daquele bairro estavam a dificultar a passagem e, quando conseguimos passar, começaram a atirar pedras contra o veículo”, explicou o comandante da corporação.

Nuno Pinheiro salientou que, do apedrejamento, não resultaram feridos e que apenas a viatura dos bombeiros sofreu danos nos vidros.

“O maior dano é na moral dos bombeiros, que vão para uma missão e são confrontados com estas situações”, lamentou.

Nas declarações à Lusa, o presidente do município revelou já ter transmitido a sua solidariedade à corporação e prometeu pedir explicações à Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil e ao Ministério da Administração Interna sobre o incidente.

“Tem de haver alguma atitude para que isto não aconteça”, frisou Inácio Esperança, querendo saber o que as entidades já “fizeram relativamente a este evento em concreto e o que estão a pensar fazer ou já foi feito para prevenir situações futuras”.

Considerando que “não se consegue fazer nada ao nível da fiscalização e da prevenção policial”, o autarca propôs uma alteração do quadro legal que “permita às autoridades ter mão pesada quando estas questões acontecem”.

“Tem de haver um enquadramento legal que preveja todos aqueles que atentem contra a segurança dos bens e das pessoas, bombeiros”, nomeadamente, “que puna de forma exemplar este tipo de crimes e os considere de gravidade extrema”, acrescentou.