“Prevejo que mais duas horas, no máximo três, possamos abandonar o local com o sinistro perfeitamente consolidado”, declarou, cerca das 10:30 de hoje, o chefe do RSB Luís Pelengana.

Esta manhã encontram-se no local sete operacionais dos bombeiros, auxiliados por duas viaturas, de forma a “combater e extinguir de imediato” possíveis reacendimentos, disse Luís Pelengana.

“Temos aqui uma equipa de prevenção, que esteve cá durante toda a noite, para alguns reacendimentos que possam existir. Durante a noite houve de certeza alguns. Durante esta parte da manhã já tivemos dois ou três pequenos reacendimentos”, informou o chefe do RSB.

Questionado sobre a avaliação ao estado do edifício, Luís Pelengana indicou que “irá ser feita por uma equipa especializada da Câmara Municipal de Lisboa com a presença também, possivelmente, de algumas chefias do RSB”, acrescentando que esse trabalho só deverá acontecer depois de a situação de incêndio ficar “perfeitamente salvaguardada”.

“A intervenção da equipa da Polícia Judiciária será feita também à tarde após a conclusão dos trabalhos dos bombeiros”, adiantou o comandante do RSB, escusando-se a apontar a origem do fogo.

Sobre os danos materiais registados, Luís Pelengana disse que o fogo na loja/armazém de produtos chineses não afetou os edifícios vizinhos, nomeadamente um polo da Câmara Municipal de Lisboa.

“Na disposição dos meios para o combate inicial foi logo salvaguardado tanto o edifício da Câmara Municipal de Lisboa como todos os edifícios circundantes”, garantiu o chefe do RSB, que se encontra no local a controlar a situação.

De acordo com Luís Pelengana, “se não houver nada de anormal, até ao final da manhã” os trabalhos dos bombeiros ficam concluídos.

O incêndio que deflagrou ao final da tarde de segunda-feira nos Olivais, em Lisboa, destruiu totalmente uma loja de produtos chineses.

O comandante do Regimento de Sapadores Bombeiros (RSB) de Lisboa, Pedro Patrício, disse no local à agência Lusa que o armazém “ardeu totalmente” e que no seu interior havia “produtos inflamáveis”.

“O incêndio foi circunscrito às 18:52 e dominado às 19:47”, afirmou à Lusa o chefe adjunto da sala de operações do RSB de Lisboa, António Vinagre, acrescentando não haver registo de qualquer vítima nem a necessidade de evacuar nenhum edifício nas proximidades do armazém.

No entanto, duas pessoas foram assistidas por profissionais do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) devido à inalação de fumo, mas encontram-se "bem de saúde" e fora de perigo.

No local estiveram operacionais do Regimento de Sapadores Bombeiros de Lisboa e de várias corporações, entre elas Beato, Penha de França e Cabo Ruivo, bem como profissionais do INEM e da Polícia.

Para o local, o INEM enviou a Viatura Médica de Emergência e Reanimação, do Hospital de São José, um motociclo de emergência e duas ambulâncias.