“Em relação à escolha temos duas leituras distintas. Uma delas é uma crítica, porque não entendemos que um cargo que é da responsabilidade dos bombeiros, seja mais um ocupado por um GNR. O Governo desvaloriza sistematicamente os bombeiros e depois há o argumento que os bombeiros não têm condições para comandar”, disse Fernando Curto à agência Lusa.

O coronel da GNR António Paixão vai ser o novo comandante operacional nacional da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), disse hoje à Lusa fonte da ANPC.

A mesma fonte adiantou que a indigitação de António Paixão foi hoje comunicada internamente pelo presidente da ANPC, tenente-general Mourato Nunes.

O presidente da ANBP afirmou que a nomeação o “entristece enquanto bombeiro profissional”, explicando que o Governo desvaloriza os bombeiros e não faz a aposta que devia.

“Não é dada aos bombeiros a mesma oportunidade que é dada às forças de segurança. Elementos da GNR, e não só, ocupam os cargos e os bombeiros profissionais não podem comandar”, defendeu.

Apesar de criticar a escolha, Fernando Curto referiu que não tem nada a ver com a pessoa, deixando elogios ao coronel da GNR António Paixão.

“Por outro lado, conhecemos o coronel Paixão, é uma pessoa competente, profissional e tem todas as condições para ocupar o cargo, mas não nos sentimos cómodos. O coronel tem todas as condições e é uma pessoa tecnicamente válida, mas nos bombeiros também temos pessoas válidas, só precisámos de oportunidades”, concluiu.