Os atacantes eram membros dissidentes de grupos muçulmanos extremistas obscuros, segundo o ministro Ruwan Wijewardene.
As autoridades já haviam responsabilizado um grupo extremista local pelos atentados, o National Thowfeek Jama’ath.
"O pensamento deles era que o Islão deveria ser a única religião neste país", disse o ministro da Defesa, aos jornalistas.
"Eles eram pessoas muito instruídas", afirmou, acrescentando que pelo menos um deles era formado em direito e alguns podem ter estudado no Reino Unido e na Austrália.
A notícia surge quando os dirigentes prometeram reformar o aparato de segurança do país, após uma série de lapsos dos serviços de informação.
A embaixadora dos Estados Unidos, Alaina Teplitz, afirmou aos jornalistas que "claramente houve alguma falha no sistema" de segurança, mas acrescentou que o seu país não tinha conhecimento prévio de uma ameaça antes dos atentados.
As autoridades do Sri Lanka reconheceram que algumas das unidades de segurança do país estavam cientes de possíveis ataques antes dos atentados da Páscoa, mas não compartilhou esses alertas amplamente.
Teplitz classificou esse erro de comunicação como "incrivelmente trágico".
O número de mortos nos atentados suicidas no domingo de Páscoa no Sri Lanka subiu para 359 e mais suspeitos foram detidos nas últimas horas, informou hoje a polícia cingalesa.
O porta-voz da polícia, Ruwan Gunasekara, disse que foram detidos mais 18 suspeitos de ligação aos atentados, elevando o total para 58. O anterior balanço apontava para 320 mortos.
O primeiro-ministro do Sri Lanka, Ranil Wickremesinghe, alertou na terça-feira que vários suspeitos armados com explosivos ainda se encontravam em fuga.
O Governo sustentou que os ataques foram realizados por fundamentalistas islâmicos em aparente retaliação ao massacre nas mesquitas da Nova Zelândia em março, mas disse que os sete bombistas suicidas eram todos do Sri Lanka.
O grupo extremista Estado Islâmico reivindicou também na terça-feira a autoria dos atentados contra igrejas e hotéis de luxo.
Um português residente em Viseu está entre as vítimas mortais das oito explosões de domingo que causaram mais de 500 feridos.
A capital do país, Colombo, foi alvo de pelo menos cinco explosões: em quatro hotéis de luxo e uma igreja.
Duas outras igrejas foram também alvo de explosões, uma em Negombo, a norte da capital e onde há uma forte presença católica, e outra no leste do país.
A oitava e última explosão teve lugar num complexo de vivendas na zona de Dermatagoda.
As primeiras seis explosões ocorreram "quase em simultâneo", pelas 08:45 de domingo (04:15 em Lisboa).
Comentários