O político conservador de 55 anos deixou na quinta-feira à noite os cuidados intensivos, onde estava desde segunda-feira. Johnson foi transferido para outra unidade no hospital St Thomas, em Londres, e colocado sob "vigilância rigorosa durante a fase inicial da sua recuperação", segundo o seu porta-voz.
"Ele precisa descansar. Pelo que entendi, foi transferido dos cuidados intensivos para uma unidade de recuperação, mas acho que não podemos dizer que ele se livrou" do coronavírus, disse o seu pai, ex-funcionário europeu.
Johnson anunciou que tinha sido diagnosticado com o vírus a 27 de março e colocou-se em quarentena no seu apartamento em Downing Street. Mas, dez dias depois, continuava a ter sintomas, incluindo febre, e teve que ser hospitalizado.
O chefe da diplomacia, Dominic Raab, ficou encarregue de liderar o governo durante a sua ausência. O Reino Unido, com cerca de 8.000 mortes, é um dos países da Europa mais atingidos pela pandemia.
O governo alertou na quinta-feira que era necessário o país preparar-se para um prolongamento do confinamento, inicialmente previsto por três semanas até segunda-feira.
O confinamento no Reino Unido é menos rigoroso do que em outros países.
Os cidadãos estão autorizados a sair para trabalhar - caso seja absolutamente necessário -, fazer compras, ir ao médico e para fazer exercício físico, algo, por exemplo, proibido em Espanha.
As autoridades britânicas insistem no respeito das medidas de distanciamento social, especialmente durante o feriado de Páscoa.
Mas o ministro da Habitação, Robert Jenrick, foi criticado esta sexta-feira em vários jornais por ter visitado os seus pais, a cerca de 60 km da sua casa, apesar das mensagens oficiais.
Jenrick justificou-se no Twitter alegando ter levado medicamentos aos seus pais, idosos e em quarentena.
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