Em entrevista ao The Sunday Times, Boris Johnson apelou à China, aliada estratégica de Moscovo, e a outros países, que não se posicionaram, para se juntarem aos países ocidentais na condenação à invasão russa.
“À medida que o tempo passa e o número de atrocidades russas aumenta acho que se torna cada vez mais difícil e politicamente inconveniente para as pessoas, ativa ou passivamente, tolerar a invasão de Putin”, disse o líder britânico.
Na sua opinião, os países que não querem decidir estão agora confrontados com “dilemas consideráveis”.
“Acho que em Pequim começam a surgir dúvidas”, afirmou.
Este apelo ecoa o da Ucrânia que, no sábado, exortou a China a “condenar a barbárie russa”, após novos ataques que fizeram dezenas de mortos.
A Ucrânia e os Estados Unidos da América (EUA) estão preocupados com uma possível ajuda militar da China à Rússia ou ver Pequim a ajudar Moscovo a contornar as sanções ocidentais.
Já na sexta-feira, o presidente dos EUA, Joe Biden, advertiu o presidente chinês, Xi Jinping, sobre as “consequências” para a China de ajudar a Rússia.
No sábado, enquanto discursava numa conferência do Partido Conservador, em Blackpool, norte da Inglaterra, e onde estava o embaixador da Ucrânia em Londres, Vadym Prystaiko, Boris Johnson disse que chegou a hora de “escolher entre a liberdade e a opressão”.
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