Embora o trabalho de resgate esteja cada vez mais difícil devido às condições do terreno, as autoridades indicaram que continuarão a operar o tempo que for necessário e enquanto as condições permitirem.
A tragédia ocorreu em 25 de janeiro, quando uma das represas para limpeza de resíduos minerais de uma empresa do grupo Vale em Brumadinho, município mineiro no sudeste do Brasil sofreu uma rutura e causou um deslizamento de terras que enterrou as instalações da própria empresa e centenas de propriedades rurais.
Vinte e quatro dias após o acidente, uma equipa de resgate continua com as buscas, apoiadas por máquinas especializadas, como escavadoras gigantes que ajudam a remover a lama, que atingiu 20 metros de altura.
Segundo a equipa, os esforços de resgate estavam concentrados na área onde um navio da Vale estava localizado, numa área onde funcionava o britador e onde as autoridades acreditam que podem encontrar outros corpos.
Além das operações de resgate, as autoridades estão a avançar com o cadastro de 170 pessoas retiradas preventivamente no sábado à noite, devido ao aumento do risco de duas barragens na mina de Vale Mar Azul, com as mesmas características daquela que desabou em Brumadinho.
Os níveis de alerta das duas represas – localizadas em Nova Lima, outro município de Minas Gerais – passaram do nível 1 para o nível 2 e forçaram as autoridades a tomarem medidas de prevenção.
Após vários recursos interpostos pelo governo regional e pelo Ministério Público, a justiça apreendeu pelo menos 12.000 milhões de reais (2,9 mil milhões de euros) de contas da Vale para garantir o pagamento de indemnizações às vítimas e cobrir os danos.
O desastre em Brumadinho ocorreu três anos depois de um outro semelhante em Mariana, município também localizado no Estado de Minas Gerais e onde a rutura de vários diques na mina Samarco, controlada pela Vale e BHP Billiton, provocou 19 mortos e uma tragédia ambiental sem precedentes.
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