“É tão grande a quantidade de absurdos ditos, diariamente, por Lula e Bolsonaro, que parte da sociedade brasileira já os encara como normais”, começa por escrever o candidato de centro-esquerda e terceiro classificado nas sondagens (9%) para as presidenciais de 02 de outubro.

“Depois dos ‘imbrocháveis’ do dia 07 de setembro”, dito por Bolsonaro para demonstrar a sua virilidade sexual, durante as comemorações do bicentenário do país, “agora é a falsa divindade da esquerda que chama os bolsonaristas de membros da Ku Klux Klan”, criticou o ex-governador do estado Ceará e ex-ministro da Fazenda e ex-ministro da Integração Nacional.

“Chamar indistintamente uma plateia, mesmo que de seguidores frenéticos, de membros da Ku Klux Klan, é tão grave e desrespeitoso quanto chamar alguém de nazista. Mas como desculpa e autocrítica não cabem na boca desta falsa divindade, tudo vai ficar por isso mesmo”, frisou Ciro Gomes.

Durante um comício na quinta-feira à noite no Rio de Janeiro, Lula da Silva criticou o aproveitamento político ‘vergonhoso’ que Bolsonaro fez das comemorações do bicentenário da independência. “Fez de uma festa do nosso país, uma festa pessoal”, criticou.

Depois, dirigindo-se à companheira de partido e ex-presidente Dilma Rousseff, Lula disse que “no ato do Bolsonaro parecia uma reunião Ku Klux Klan”.

“Só faltou capuz, porque não tinha negro, não tinha pardo, não tinha pobre, não tinha trabalhador”, parecia o “louro José”, disse.

De acordo com a última sondagem do Instituto Datafolha, publicada na semana passada, Lula da Silva lidera as intenções de voto para as eleições presidenciais de 02 de outubro, com 45% contra 32% para Bolsonaro.